Proprietários terão posto de combustível em casa, sugere CEO da Bugatti

Executivo da marca italiana antecipa suas expectativas para o futuro em um mundo com limites de emissão mais restritivos.

O mercado automotivo tem passado por grandes e profundas transformações nos últimos anos, mas ninguém consegue afirmar com precisão qual será o futuro da indústria. Em meio a regras de emissão cada vez mais restritivas, o destino dos motores a combustão segue desconhecido.

Porém, muitos fabricantes decidiram colocar o pé no freio e repensar a decisão de encerrar a produção de carros movidos a combustão. As decisões mais recentes indicam que a eletrificação da frota mundial deve levar mais tempo do que o previsto inicialmente, ou mesmo talvez nunca aconteça completamente.

Mate Rimac, CEO da Bugatti Rimac, tem uma visão um pouco ousada do futuro. Ele aposta nos combustíveis sintéticos e espera que os proprietários dos veículos da marca possam ter um posto de combustível particular em suas próprias residências.

“Podemos até pensar em alguns belos postos de combustível da Bugatti nas casas dos proprietários no futuro, graças aos combustíveis sintéticos”, afirmou.

Representantes da Porsche, dona de 45% da Bugatti Rimac (empresa formada a partir da fusão entre Bugatti e Rimac), já declararam em outras ocasiões apoio a esse tipo de tecnologia.

Posto de combustível em casa

Não é tão estranho assim pensar que os proprietários de automóveis da Bugatti poderão utilizar combustível sintético vindo de postos particulares. Levando em conta que utilizam pouco esses veículos e que o produto poderá ser a única maneira, em um futuro não tão distante, de circular em grandes centros urbanos na Europa, o cenário parece até viável.

Esses combustíveis são produzidos com hidrocarbonetos obtidos a partir do hidrogênio presente na água. A queima libera gás carbônico (CO2), mas não adiciona nenhuma quantidade ao volume já existente na atmosfera, uma vez que o CO2 foi utilizado na produção.

O problema é que o processo de fabricação dos sintéticos é caro e demorado. Apesar de o primeiro motivo não parecer uma pedra no sapato dos donos de Bugatti, a disponibilidade certamente é. Isso sem falar que esse produto é inflamável; portanto, seu manuseio deve ser feito com segurança.

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