Quais carros podem sumir do Brasil com a greve na Argentina?

Paralisação geral em resposta às medidas adotadas pelo governo de Javier Milei também atinge o setor automotivo.

Na última quarta-feira (24), a Confederação Geral do Trabalho da República Argentina (CGT) realizou uma greve geral que previa paralisação dos trabalhos por 12 horas. O movimento é uma medida de resistência às ações adotadas pelo presidente Javier Milei, como a proibição aos protestos.

O setor automotivo também foi afetado pela mobilização, uma vez que o sindicato da categoria (Smata) aderiu a ela. Cerca de 117 mil operários do setor interromperam suas atividades ao meio-dia.

Embora as 12 horas não sejam suficientes para gerar uma crise de abastecimento de veículos, a paralisação pode ganhar força nos próximos dias. Com isso, alguns carros vendidos no Brasil e produzidos na Argentina podem sumir das prateleiras das concessionárias.

Carros feitos na Argentina

Peugeot 208

Nada menos que 28,6 mil unidades do 208 foram emplacadas no ano passado, mas esse sucesso pode ser ameaçado pelo movimento grevista argentino. Além das novas versões turbos, o carro deve receber uma reestilização em breve.

Fiat Cronos

Totalmente fabricado pelos hermanos, o Fiat Cronos é o único sedã da Fiat no Brasil. Apesar de não ser o maior produto da marca por aqui, o carro emplacou cerca de 50 mil unidades em 2023, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Mercedes-Benz Sprinter

Tradicional van querida pelos brasileiros, a Sprinter é mais um veículo que pode desaparecer das revendas com a paralisação dos trabalhadores da Argentina.

Nissan Frontier

As montadoras japonesas também possuem produção argentina, como a Nissan, que fabrica a Frontier no país vizinho. O modelo representa 11% das vendas totais da marca e emplacou mais de 8 mil unidades no ano passado.

Toyota Hilux

Dentre os veículos produzidos no país vizinho e vendidos no Brasil, a picape japonesa é a vice-campeã de vendas, perdendo apenas para o Fiat Cronos. A disputa pelas unidades prontas da Hilux pode ficar acirrada se a greve continuar.

Chevrolet Tracker

Parte da produção do Tracker é feita pelos argentinos, mais precisamente na planta de Rosario. Ainda que a greve dure mais tempo, dificilmente a oferta do modelo deve chegar a um ponto crítico.

Toyota SW4 

O SW4 emplacou mais de 16 mil unidades no ano passado, bem acima das 2 mil vendidas pela Mitsubishi Pajero Sport e das 1,6 mil do Chevrolet Trailblazer. Com a greve, ele pode ficar escasso.

Volkswagen Amarok 

A picape é fabricada na planta de Coronel Pacheco, ao lado da fábrica da Ford. Por não ser uma grande protagonista no mercado brasileiro, ninguém deve sentir muito sua falta.

você pode gostar também