Qual o segredo da gasolina brasileira para ser uma ‘super’ da Europa?

O dono que lê o manual do carro importado pode se perguntar: ‘o que é uma gasolina super?’. Em muitas documentações, a fabricante recomenda ao proprietário utilizar um produto vendido na Europa com o nome de ‘super’, mas resta saber o que seria o equivalente a ela aqui no Brasil.

Para o alívio dos brasileiros, a formulação da gasolina vendida no mercado nacional tem uma octanagem tão alta quanto qualquer produto considerado ‘super’ nos países europeus. Isso vale para nosso combustível comum, e não apenas para o premium.

É óbvio que é melhor usar gasolina premium em um carro importado para obter o melhor desempenho possível do modelo, mas utilizar a comum não irá danificar o motor. O máximo que pode acontecer é reduzir um pouco da performance oferecida por um veículo com taxa de compressão alta.

O motivo de a octanagem da nossa gasolina ser tão alta é a mistura com etanol: a octanagem do primeiro combustível é de 87, do segundo é de 110. No Brasil, a mistura máxima de etanol anidro permitida na gasolina vendida nos postos varia entre 18% e 27,5%, mas pode aumentar com a aprovação do Projeto de Lei dos ‘combustíveis do futuro’.

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Vale a pena usar gasolina premium?

Carros com alta taxa de compressão e muita potência, como os esportivos de luxo, são recomendados a usar gasolina premium. Esse tipo de combustível tem octanagem mais alta, ou seja, maior capacidade de resistir a altas temperaturas e pressões dentro do motor.

O produto especial tem como origem petróleo de melhor qualidade, recebe aditivos e tem baixo teor de enxofre (50 ppm). Alguns exemplos disponíveis no mercado são a Podium (BR), a Octapro (Ipiranga) e a V-Power Racing (Shell).

Porém, para conseguir extrair as vantagens prometidas pela gasolina premium, o motor do carro precisa ter características como sistema de injeção eletrônica que ajusta a curva de avanço e taxa de compressão alta. Não há ganho sem esse tipo de tecnologia.