Quanto tempo as baterias de carros elétricos realmente duram?
Estudo indica que apenas 1,5% dos carros elétricos precisaram de troca de baterias, ressaltando a durabilidade desses componentes.
A durabilidade das baterias de carros elétricos é uma questão crucial para os compradores desses modelos, sobretudo quando estão usados. Feitos de lítio, esses produtos representam até 50% do valor do veículo, tornando sua substituição um fator crítico.
Entender a longevidade é essencial, e por isso a Recurrent, empresa especializada em baterias, conduziu uma análise abrangente sobre o assunto. A análise observou 15.000 veículos elétricos para avaliar a necessidade de troca das baterias.
Surpreendentemente, os resultados mostram que apenas 1,5% dos componentes precisaram de substituição, excluindo casos de recall.
A pesquisa revela que a degradação das baterias não é linear. Inicialmente, há uma queda na capacidade, mas isso se estabiliza logo em seguida.
A maioria das trocas, aponta o estudo, acontece dentro da garantia de 8 anos ou 160 mil km rodados, o que evidencia a resistência dos componentes para além do esperado pela maioria.
Análise dos dados e expectativas
Foto: Shutterstock
Os carros elétricos ainda são novidades no mercado, o que limita dados conclusivos sobre a vida útil das baterias. No entanto, as evidências sugerem que elas duram mais do que se imaginava, já que mesmo após o fim da garantia, raramente requerem substituição.
- Expectativa de vida útil
Fabricantes apontam que as baterias podem durar de 15 a 20 anos, mas é possível entender as preocupações com degradação, pois as baterias de íons de lítio perdem capacidade com o tempo, assim como as baterias de celulares. Todavia, os itens usados nos carros são mais robustos.
- Estudos de modelos pioneiros
Pesquisas com o Nissan Leaf e Tesla Model S, em circulação há cerca de uma década, mostram resultados encorajadores. Esses modelos apresentam baixos índices de troca de bateria ao longo dos anos, confirmando a promessa de durabilidade destas tecnologias.
| Modelo | Ano | Índice de substituição |
|---|---|---|
| Tesla Model S | 2013 | 8,5% |
| Tesla Model S | 2014 | 7,3% |
| Tesla Model S | 2015 | 3,5% |
| Nissan Leaf | 2011 | 8,3% |
| Nissan Leaf | 2012 | 3,5% |
Observações finais e implicações
Apesar dos recalls esporádicos de modelos como Chevrolet Bolt e Hyundai Kona, a taxa de troca das baterias é baixíssima.
O estudo da Recurrent, apesar de não abranger toda a frota de carros elétricos, fornece dados valiosos sobre a durabilidade desses componentes.
As informações compartilhadas pela empresa especializada revelam como as baterias dos veículos elétricos evoluem ao longo do tempo. Embora os dados possam não representar todos os modelos, eles sugerem um cenário promissor para a durabilidade dos componentes modernos.
