Quase não venderam: os carros que ninguém quis comprar em 2025

De SUVs a sedãs, levantamento revela os modelos com baixas vendas no Brasil.

Vitrines cheias não garantem giro rápido. Prova disso é que, em 2025, alguns carros atravessaram o ano quase invisíveis nas estatísticas, mesmo com o mercado em expansão. Os dados expõem escolhas erradas de posicionamento e decisões que não dialogaram com o consumidor.

A preferência nacional mudou de faixa. SUVs compactos e modelos eletrificados ganharam terreno, enquanto projetos tradicionais perderam espaço por preço elevado, oferta restrita e pouco apelo frente às novas demandas. A concorrência intensa acelerou esse deslocamento.

Os números baixos não indicam apenas fracasso pontual. Eles também funcionam como termômetro de um mercado que mudou de direção, onde a leitura de tendência, timing e estratégia passaram a definir quem permanece relevante e quem fica esquecido no pátio.

Carros com baixas vendas em 2025

Mesmo com proposta tecnológica, o Kia Stonic somou apenas 97 unidades, o Kia Niro fechou com 242 e o Hyundai Kona registrou 634 saídas. O trio não engajou o público, o que expõe desafios de comunicação, rede e precificação.

A concorrência entre SUVs mais conhecidos elevou a barreira de entrada.

Mitsubishi Pajero fechou com 1.722 emplacamentos, GM Trailblazer com 1.952 e VW Tiguan com 2.154, bem distantes das líderes. Toyota RAV4 somou 2.442, Ford Bronco 2.367 e GM Equinox 2.175, que também ficaram abaixo dos concorrentes mais fortes. Portanto, o preço alto e a disponibilidade restrita limitaram a demanda.

Nos sedãs, o Honda Civic registrou 1.112, o Honda Accord 208 e o VW Jetta 924, confirmando a migração para utilitários. O Nissan Sentra liderou esse conjunto com 4.763 vendas, ainda longe do apelo dos SUVs compactos. O movimento confirma a retração dos três-volumes no Brasil.

Outros destaques do recorte

Entre elétricos e híbridos, o BYD Seal marcou 2.918 e o GWM Ora 03, 2.895, volumes moderados para propostas recentes. Além disso, o Volvo EX40 somou 509 e o BYD Tan, 131, patamares claramente de nicho. Assim, a eletrificação ainda enfrenta barreiras de preço e infraestrutura.

No segmento premium e no médio, o Mercedes-Benz GLC chegou a 1.900 e o Honda ZR-V a 1.795, enquanto o Hyundai Tucson ficou em 1.355. Por sua vez, o Suzuki Jimny Sierra anotou 1.315 e o Volvo XC90, 931.

Ademais, o Honda CRV somou 787 unidades, o Kia Sportage emplacou 554 e o JAC E-JS1 teve 535 saídas, enquanto o Audi A3 Sedan registrou 511, o Audi A5 ficou com 875, o Audi A3 totalizou 235 e o Kia Carnival amargou 250 vendas.

Números do ano: modelos com vendas baixar

A seguir, o consolidado de modelos que permaneceram com volumes modestos no Brasil em 2025. Os totais refletem unidades acumuladas no ano.

Modelo Vendas em 2025
NISSAN/SENTRA 4.763
BYD/SEAL 2.918
GWM/ORA 03 2.895
TOYOTA/RAV4 2.442
FORD/BRONCO 2.367
GM/EQUINOX 2.175
VW/TIGUAN 2.154
GM/TRAILBLAZER 1.952
M.BENZ/GLC 1.900
HONDA/ZR-V 1.795
MITSUBISHI/PAJERO 1.722
CAOA CHERY/ARRIZO 6 1.392
HYUNDAI/TUCSON 1.355
SUZUKI/JIMNY SIERRA 1.315
HONDA/CIVIC 1.112
VOLVO/XC90 931
VW/JETTA 924
AUDI/A5 875
HONDA/CRV 787
HYUNDAI/KONA 634
KIA/SPORTAGE 554
JAC/E-JS1 535
AUDI/A3 SEDAN 511
VOLVO/EX40 509
KIA/CARNIVAL 250
KIA/NIRO 242
AUDI/A3 235
HONDA/ACCORD 208
BYD/TAN 131
KIA/STONIC 97

Os resultados evidenciam a migração do consumo para SUVs compactos e intermediários. Portanto, sedãs tradicionais e projetos de nicho devem alinhar preço, posicionamento e disponibilidade para ganhar fôlego.

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