Retirar o catalisador dá multa? Descubra se isso é mito ou verdade
Alterar o escapamento do carro, retirando o catalisador, pode acarretar multas e prejudicar o funcionamento do veículo segundo especialistas.
A busca por melhor desempenho em veículos tem levado motoristas a realizar modificações que podem comprometer seriamente o funcionamento do automóvel. Além desse prejuízo, certos tipos de alteração também podem resultar em penalidades.
Entre essas mudanças está a retirada do catalisador, componente fundamental para a redução de emissões de poluentes. Essa vem se tornando uma prática comum, apesar dos riscos envolvidos.
Especialistas alertam que, além de ser uma infração grave conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a alteração pode resultar em multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, o veículo pode ser apreendido.
Implicações para o veículo e meio ambiente
O catalisador é um componente essencial não apenas para atender às normas do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), mas também para garantir o correto funcionamento do motor.
Miguel Zoca, gerente de Tecnologia Aplicada da Uminicore, explica que a remoção da peça prejudica o desempenho do motor, que foi projetado para operar com o auxílio dela.
Sem o catalisador, o carro emite gases tóxicos diretamente no ambiente, causando poluição e podendo até levar a intoxicações em locais fechados. Um incidente ocorrido em Santa Catarina em janeiro deste ano, que resultou na morte de quatro jovens, exemplificou os perigos dessa prática.
A ausência do catalisador também aumenta o consumo de combustível e o desgaste de outros componentes do automóvel.
Consequências legais e financeiras
O Artigo 98 do CTB proíbe alterações nas características originais de fábrica sem autorização. Modificações ilegais podem resultar não só em multas e apreensão do carro, mas também em prejuízos financeiros devido ao aumento do consumo e da manutenção do carro.
Zoca ressalta que essas intervenções afetam a saúde dos cidadãos, o meio ambiente e o orçamento do motorista.
Portanto, os brasileiros devem considerar seriamente as consequências antes de realizar alterações em seus veículos, garantindo a conformidade com as regulamentações e a preservação do meio ambiente.