Se você pensava em comprar um carro elétrico, saiba que ele pode subir de PREÇO
Novas mudanças na reforma tributária podem elevar a taxação sobre carros elétricos, afetando o setor automotivo e consumidores.
Um debate significativo ocorreu na Câmara dos Deputados. O deputado Reginaldo Lopes se reuniu com Arthur Lira, presidente da Câmara, para discutir a reforma tributária. Um dos tópicos relevantes foi a possível reintrodução da taxação aumentada para carros elétricos.
Desde que a proposta foi retirada, muitos pressionam por sua reintrodução. A expectativa é que a Câmara finalize a aprovação da reforma tributária em breve. Setores interessados defendem um critério mais rigoroso de taxação, mesmo para modelos ecológicos.
Esse movimento visa aplicar o Imposto Seletivo, conhecido como “Imposto do Pecado”, sobre produtos potencialmente prejudiciais. A inclusão de veículos elétricos nesse grupo não foi consenso e gerou debates acirrados.
Imposto seletivo e suas justificativas
Foto: Shutterstock
A ideia do Imposto Seletivo é desestimular o consumo de produtos nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Entre os itens contemplados estão cigarros, bebidas alcoólicas e refrigerantes. Recentemente, veículos a combustão e híbridos foram adicionados à lista.
Embora carros elétricos não emitam poluentes, a proposta de taxação ganhou força novamente. Isso se deve, em parte, à busca de um equilíbrio fiscal na reforma. A implementação do imposto está prevista para 2027.
Alexandre Baldy, vice-presidente da BYD, desempenhou papel crucial ao convencer senadores a removerem a taxação de carros elétricos na proposta inicial. Contudo, as discussões na Câmara trouxeram o tema de volta, gerando divergências entre os partidos políticos.
Detalhes técnicos da taxação
O Ministério da Fazenda prevê uma alíquota de 26,5% para o Imposto Seletivo, com variações baseadas em critérios específicos. Estes incluem potência do motor, eficiência energética, segurança do veículo e impacto ambiental das matérias-primas utilizadas.
Critério | Impacto no imposto |
---|---|
Potência do motor | Alta taxa |
Eficiência energética | Moderada taxa |
Estrutura e segurança | Moderada taxa |
Pegada de carbono | Alta taxa |
Densidade tecnológica | Baixa taxa |
Reforma tributária e suas implicações
Atualmente, os veículos no Brasil são tributados por PIS/Cofins, ICMS e IPI, com variação de 24,7% a 32,3%. Com a reforma, esses tributos serão substituídos pelo IVA, que unifica o IBS e o CBS.
O novo modelo tributário poderá aumentar a carga em até 10% para veículos híbridos e elétricos. Especialistas alertam para os riscos de desestimular a adesão a tecnologias sustentáveis, elevando os custos dos consumidores.