Sedans estão em extinção? Saiba por que eles não empolgam mais como antes

Modelo, que já foram ícones de status e conforto no Brasil, agora perdem popularidade frente à ascensão dos SUVs.

Durante décadas, modelos como o Ford Del Rey, Fiat Siena, Volkswagen Santana e Chevrolet Monza representaram o auge dos carros sedan no Brasil.

Referências de conforto, elegância e status, esses veículos de três volumes dominaram as ruas e os rankings de vendas. No entanto, nos últimos anos, esse cenário mudou drasticamente.

Hoje, os sedans enfrentam uma queda significativa nas vendas, e os números falam por si. De acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o modelo sedan mais vendido em maio de 2025 foi o Chevrolet Onix Plus, com 3.924 unidades emplacadas, ocupando apenas a 16ª posição no ranking geral.

Mas o que aconteceu com a preferência nacional por esse tipo de carro? A resposta passa, inevitavelmente, pelo avanço dos SUVs no Brasil.

A ascensão dos SUVs e o declínio dos sedans

A principal razão para a queda nas vendas dos veículos sedã está diretamente relacionada à popularização dos Sport Utility Vehicles, mais conhecidos como SUVs.

A mudança no perfil do consumidor brasileiro tem sido determinante: os SUVs oferecem maior altura do solo, melhor visibilidade, sensação ampliada de segurança, além de um espaço interno mais versátil.

Essa transformação no mercado automotivo é evidente nos dados: enquanto os SUVs representavam cerca de 32,7% dos emplacamentos em 2020, hoje já ultrapassam 53%, consolidando-se como os veículos preferidos dos brasileiros.

A versatilidade dos SUVs, somada à sua capacidade de carga e desempenho superior em terrenos variados, conquistou motoristas que antes priorizavam o conforto dos sedans.

Mercado de sedans anda na ‘corda bamba’ (Foto: iStock)

Tecnologia, conectividade e estilo de vida: o que pesa na escolha?

Além da praticidade, os SUVs modernos se destacam pela tecnologia embarcada. Muitos modelos oferecem assistentes de condução, sistemas de conectividade integrados e interfaces inteligentes com smartphones, fatores decisivos para consumidores cada vez mais exigentes e conectados.

Embora alguns sedans também ofereçam tecnologias semelhantes, os SUVs têm inovado mais rapidamente, tanto em recursos quanto em design.

Para muitos compradores, o SUV representa um estilo de vida mais dinâmico, adaptável a diferentes situações, desde viagens com a família até rotinas urbanas agitadas.

Sedans no Brasil: haverá um retorno?

A tendência atual mostra que o espaço dos sedans está cada vez mais restrito a nichos específicos: uso corporativo, frotas executivas e consumidores que valorizam a dirigibilidade e o conforto em longos trajetos.

Apesar disso, a dominância dos SUVs parece irreversível a curto prazo, especialmente em um mercado que valoriza versatilidade, conectividade e visual robusto.

Portanto, embora os carros sedã ainda possuam seu público fiel, a mudança de comportamento do consumidor brasileiro e a evolução do mercado automotivo apontam para um novo capítulo na história da mobilidade no país — em que os SUVs lideram com folga, enquanto os sedãs tentam se reinventar para continuar relevantes.

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