Segredos automobilísticos! Marcas de carros diferentes já usaram mesmos motores e você não sabia
O compartilhamento de motores entre fabricantes de automóveis está se tornando uma estratégia vital para equilibrar custos e eficiência na indústria.
Na indústria automobilística, o uso compartilhado de tecnologias, especialmente motores, é uma prática bem difundida, embora muitas vezes despercebida. Esse método permite que marcas como Peugeot, Renault, Fiat e Chevrolet compartilhem peças essenciais, uma solução prática para a escassez e custos elevados de componentes.
Um exemplo claro dessa estratégia é a colaboração entre Fiat e Jeep, que, desde 2014, integram o grupo FCA. No Brasil, isso se reflete no uso do motor E.torQ 1.8 da Fiat em modelos como o Argo e o Jeep Renegade, além do compartilhamento do motor turbodiesel Multijet 2.0 entre a Toro, o Renegade e o Compass.
Essa prática não se limita apenas às marcas mencionadas. O compartilhamento de motores também é visto entre Peugeot e Renault, Citroën e BMW, e até entre Toyota e Lexus. Essa troca tecnológica não só ajuda a reduzir custos, mas também facilita a manutenção, pois peças de diferentes marcas podem ser intercambiáveis.
4 parcerias estratégicas e intercâmbio de tecnologias
1. O caso Peugeot-Citroën e BMW
Foto: Divulgação/Peugeot
A Peugeot-Citroën e a BMW uniram forças no desenvolvimento do motor Prince 1.6 THP, utilizado em veículos como o Peugeot 308 e BMW Série 1. Essa parceria mostra como a união de expertise pode gerar motores eficientes e versáteis.
2. Integração entre Toyota e Lexus
Foto: Divulgação/Toyota
Marcas como Toyota e Lexus compartilham tecnologias de propulsão em modelos como o Prius e o CT200h. Essa estratégia não só melhora a eficiência, mas também reforça a qualidade e a confiabilidade dos veículos.
3. Fiat e Chevrolet: uma parceria no passado
Foto: Divulgação/Fiat
Nos anos 2000, a Fiat e a GM compartilharam um motor 1.8, evidenciando a tendência de colaboração entre marcas para ampliar sua competitividade. Este motor esteve presente tanto na linha Corsa da Chevrolet quanto em modelos da Fiat, como Palio e Strada.
4. Daewoo e Chevrolet: uma aliança global
Foto: Divulgação/Daewoo
O mercado brasileiro conheceu a Daewoo nos anos 90, com modelos como Espero e Cielo, que compartilhavam mecânica com o Vectra e Kadett da Chevrolet. Isso possibilitou que os proprietários mantivessem seus veículos com peças GM, mesmo após a saída da Daewoo do Brasil.
Impacto do compartilhamento na indústria
O uso de motores comuns proporciona uma economia significativa de escala, reduzindo custos de desenvolvimento e produção. Essa abordagem permite que os fabricantes se concentrem mais em inovação e menos em custos, beneficiando os consumidores com veículos mais acessíveis e fáceis de manter.
Importante frisar que o intercâmbio de motores entre marcas automobilísticas não só é uma realidade, como também se mostra uma estratégia eficaz.
Ele proporciona vantagens econômicas tanto para as empresas quanto para os consumidores, garantindo eficiência e viabilidade no setor automotivo.