Segurança? GM explica porque seus veículos elétricos não terão CarPlay

No início do ano montadora anunciou abandono de sistemas veiculares da Apple e do Google; Saiba o que acontece agora.

Nada mais prático do que entrar em seu carro e já acionar os sistemas veiculares da Apple (CarPlay) ou do Google (Android Auto). Por lá, é possível ter acesso direto a aplicativos, sejam eles de geolocalização ou mesmo de músicas. No entanto, a General Motors (GM) parece dar um passo para trás.

Isso porque, a montadora sustenta que seus veículos elétricos não terão acesso a tais sistemas por questão de segurança. Apesar da chuva de críticas, ao que tudo indica a GM segue firme em sua decisão.

O principal argumento da GM veio da boca de Tim Babbitt, chefe de produto de infoentretenimento da marca. Segundo o executivo, sem CarPlay ou Android Auto, os motoristas terão “menos probabilidade de pegar seus telefones”.

Justificativa

A montadora alega que tanto o CarPlay, quanto o Android Auto, possuem problemas de estabilidade a partir de conexões ruins, renderizações deficientes, respostas lentas ou mesmo conexões perdidas. E, diante dessas situações, os motoristas acabam pegando novamente seus celulares e perdendo o foco da estrada.

Por isso, segundo Babitt, se a execução das ações ocorrerem por meio de sistemas integrados ao veículo, é menos provável que o condutor acesse o seu smartphone, mantendo, assim, o foco no ato de dirigir. Contudo, até onde se sabe, a GM ainda não testou essa tese na prática e, para funcionar, a ideia precisa de aceitação dos clientes.

Contudo, ainda vai demorar um pouco até que a GM consiga excluir o CarPlay e o Android Auto de sua frota. Isso porque, os veículos da montadora seguirão com suporte a estes sistemas até que toda a produção da montadora se torne 100% elétrica. Em outras palavras, a previsão é que isso ocorra só em 2035.

Mudança financeira

Engana-se quem pensa que por trás desta decisão está apenas o discurso altruísta. É natural que esse posicionamento da GM também possui razões financeiras. Ao que tudo indica, a receita com a assinatura de serviços premium, além do acesso sem precedentes aos dados dos usuários, que podem ser monetizados, estariam ligadas a este novo posicionamento.

Isso porque, as montadoras têm percebido as assinaturas como uma nova possibilidade de renda e só a GM, por exemplo, espera um faturamento de até US$ 25 bilhões por ano em assinaturas até 2030.

O novo sistema veicular da GM, criado em parceria com o Google, possui oito anos de transferência de dados para softwares e serviços, como o Google Maps. Contudo, após este período, os proprietários dos veículos precisarão pagar pelos dados.

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