'Segurar' o carro controlando a embreagem é pior do que puxar o freio de mão?

Manobra obrigatória para obter a CNH na categoria B pode prejudicar a transmissão do carro.

O exame prático para obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) na categoria “B” exige a demonstração de uma série de habilidades pelo candidato a condutor. Uma delas é o controle de embreagem para manter o carro estabilizado em uma subida, popularmente conhecido como fazer a rampa.

Embora seja obrigatória na prova do Detran, essa prática pode aumentar o desgaste do sistema de transmissão do veículo e reduzir sua vida útil. A situação se agrava ainda mais se a manobra se torna um hábito e o motorista começa a realizá-la com frequência.

Danos causados pelo controle de embreagem

Foto: Shutterstock

Ao controlar a embreagem conforme solicitado no exame da CNH, o condutor faz com que as peças do sistema fiquem em constante atrito para transmitir às rodas apenas uma parte da força gerada pelo motor. Essa habilidade era bem útil nos antigos carros carburados e propulsores mais fracos, mas isso ficou no passado.

Os veículos mais novos e modernos são equipados com controles de tração e estabilidade, além de assistente de partida em rampa nos mais completos. Esse último recurso mantém o freio acionado por um tempinho para auxiliar na arrancada.

Portanto, os automóveis que possuem a assistência de partida em rampa não dependem do controle de embreagem para subir um aclive.

E se o carro não tem assistente de partida em rampas?

Para os proprietários que dirigem modelos sem o recurso, o freio de estacionamento (famoso freio de mão) deve ser o seu melhor amigo em uma subida. Não há vergonha nenhuma em contar com a ajuda dele para preservar a embreagem do seu veículo.

O esquema é bem simples: basta puxar o freio de mão para manter o automóvel parado, engatar a marcha e soltar a embreagem devagar até encontrar o ponto certo. Feito isso, é só pisar devagar no acelerador enquanto abaixa o freio de estacionamento para movimentar o carro.

Esse passo a passo evita o desgaste prematuro da transmissão e impede que o veículo ande para trás. É até difícil acreditar que há quem prefira não utilizar a técnica por puro ego e acabe gastando mais na hora da manutenção.

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