Stellantis não planeja acabar com os carros a combustão (ao menos por agora)

Executiva do grupo automotivo revela planos de lançar motores a combustão caso a demanda dos clientes se mantenha.

A Stellantis planeja continuar produzindo veículos a combustão, juntamente com os modelos elétricos, caso ainda exista demanda dos consumidores. A informação é da diretora financeira do grupo automotivo, Natalie Knight, que destacou a chegada do Jeep Wagoneer S como exemplo.

O novo SUV estreia em breve em versão elétrica, mas logo em seguida deve receber uma opção a gasolina ou com conjunto híbrido.“A maioria dos nossos produtos são veículos ICE (‘motores de combustão interna’) ou destinados a utilizar as plataformas multienergéticas que temos”, disse Knight.

Esta é uma grande oportunidade para nós, em comparação com nossos pares, ter plataformas multienergéticas para todos os nossos produtos em desenvolvimento e ter agilidade para transitar entre elas”, acrescentou.

Segundo a executiva, o foco da Stellantis é atender às demandas dos consumidores ao mesmo tempo que avança com a estratégia de eletrificação. Os planos da empresa apontam para o lançamento de 25 novos modelos em 2024, sendo que 18 chegarão inicialmente como elétricos.

O grupo quer produzir 75 modelos elétricos e vender 5 milhões por ano até 2030.“Nosso objetivo é colocar-nos numa posição onde, por um lado, possamos mostrar ao mercado que sabemos para onde as coisas estão evoluindo e que estamos muito comprometidos com o mercado de VE, mas, por outro lado, temos a flexibilidade para crescer onde estiver a demanda do consumidor”, afirmou.

Se o consumidor demonstrar que deseja ter uma versão a combustão dos carros BEV apresentados pelas marcas da Stellantis, a estratégia da fabricante é analisar a possibilidade de lançamento.

Planos para o Brasil

Por aqui, estão nos planos da companhia o desenvolvimento de veículos com a chamada Bio-Hybrid, uma tecnologia híbrida com sistema flex. São três tipos de motorização: híbrido-leve, híbrido convencional e híbrido plug-in, e a escolhida dependerá do carro e de seu posicionamento de mercado. A híbrido-leve, por exemplo, estará mais presente no segmento de entrada.

Vale mencionar que as marcas do grupo devem lançar 40 novos modelos por aqui até 2030. O primeiro híbrido estreará no segundo semestre deste ano, mas a fabricante ainda não confirmou o modelo escolhido ou a tecnologia selecionada. Tudo o que se sabe é que ele será fabricado em Goiana (PE).

você pode gostar também