Stellantis tenta, mas Lancia continua em apuros – entenda o motivo

Lancia enfrenta desafios significativos apesar das tentativas de revitalização, com vendas caindo e planos de expansão em risco.

A renomada marca italiana Lancia, da Stellantis, está em uma encruzilhada crítica. Apesar dos esforços para reviver sua presença no mercado, a situação atual da montadora é preocupante.

Com seu único modelo, o Ypsilon, a marca enfrenta desafios significativos em um cenário de vendas em declínio. A aposta no novo Ypsilon 2024 parecia promissora; contudo, a realidade tem sido bem diferente, com resultados aquém do esperado.

As últimas estatísticas da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) lançam luz sobre a crise na Lancia. Nos primeiros dois meses de 2024, as entregas despencaram 72,7%, totalizando apenas 2.208 unidades vendidas.

Esses números refletem a dificuldade enfrentada pela marca em conquistar novos consumidores. Apesar da estratégia de expansão para mercados como França, Espanha e Bélgica, a resposta do público tem sido desanimadora.

Desafios de preço e concorrência interna

Um dos principais obstáculos para a Lancia está relacionado ao preço do novo Ypsilon. A versão híbrida começa em 23.900 euros, enquanto a elétrica alcança 29.900 euros.

Isso representa um aumento significativo em relação ao modelo anterior, que custava menos de 20.000 euros, colocando a Lancia em competição com outros veículos da Stellantis, como o Peugeot 208 e o Opel Corsa.

Foto: Divulgação/Lancia

Impacto no mercado

A situação da Lancia não é um caso isolado. A DS Automobiles, outra marca do grupo Stellantis, também enfrenta dificuldades, com uma queda de 30,3% nas entregas em 2025.

Esses exemplos evidenciam os desafios que mesmo grandes conglomerados globais enfrentam em um mercado competitivo e em transformação.

Planos e a busca por relevância

Apesar das dificuldades, a Lancia permanece determinada em seguir em frente. Estão previstos o lançamento de 70 novas concessionárias em diversas cidades europeias até 2025 e a entrada no mercado alemão em 2026.

Além disso, novos modelos, como o Gamma em 2026, e a possível ressurreição do Delta, estão nos planos.

No entanto, o sucesso dessas iniciativas é incerto. Embora a promessa de financiamento até 2026 tenha sido feita pelo ex-CEO Carlos Tavares, a mudança iminente na liderança da Stellantis lança dúvidas sobre o compromisso com a marca.

A Lancia, assim como outras marcas do grupo, enfrenta o desafio de recuperar sua identidade e relevância em um mercado cada vez mais competitivo e volátil.

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