Tirar a CNH pode ficar mais em conta com nova proposta do governo; veja os valores
Ministério dos Transportes propõe mudanças significativas no processo de obtenção da CNH. Saiba mais.
O Ministério dos Transportes do Brasil apresentou uma proposta inovadora para simplificar o processo de aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A iniciativa busca eliminar a necessidade de frequentar autoescolas, impactando diretamente o valor do documento.
Atualmente, para se tornar um motorista habilitado no país, é necessário passar por um curso em um Centro de Formação de Condutores (CFC). Porém, a proposta prevê que essa exigência seja removida para as categorias A, destinadas a motocicletas, e B, para veículos de passeio.
Com essa medida, a expectativa é facilitar o acesso à documentação, reduzindo consideravelmente o custo total envolvido no processo de habilitação. Em vez de pagar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, o valor poderia cair para uma faixa de R$ 750 a R$ 1 mil.
Impacto financeiro e efeitos práticos da medida
A economia significativa para os novos condutores é um dos principais atrativos da proposta. Segundo dados, a redução pode alcançar até 75% do valor atual. Contudo, essa mudança gerou preocupações entre as autoescolas e entidades do setor.
Essas instituições argumentam que, sem o treinamento formal, o risco de acidentes de trânsito pode aumentar. A polêmica em torno da proposta evidencia a necessidade de um equilíbrio entre acessibilidade e segurança nas estradas.
Formação flexível
O projeto propõe manter as provas teóricas e práticas, mas com flexibilidade na preparação. Os candidatos poderiam optar por estudar por meio digital, em empresas credenciadas ou em CFCs, o que traria mais autonomia ao processo.
Prática sem carga horária obrigatória
A exigência de 20 horas mínimas de aulas práticas seria abolida. Em seu lugar, instrutores autônomos, credenciados pelos Detrans, poderiam ser contratados para orientar os futuros motoristas, seguindo modelos de outros países.
Próximos passos e inspiração internacional
A proposta ainda está em análise pela Casa Civil. Para entrar em vigor, precisa ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Países como Estados Unidos, Japão, Canadá, Inglaterra, Paraguai e Uruguai já possuem sistema de formação de condutores mais flexíveis, semelhantes ao proposto para o Brasil.
Se aprovada, a medida pode transformar a forma como os brasileiros obtêm sua CNH, trazendo benefícios econômicos e maior flexibilidade, mas também exigindo atenção às questões de segurança nas vias.