Tradicional montadora chinesa pode lançar carros de luxo e SUVs híbridos no Brasil
FAW, montadora pioneira da China, planeja expandir suas operações para o Brasil com o lançamento das marcas Bestune e Hongqi.
A FAW, reconhecida como a mais antiga montadora da China, está explorando novos mercados internacionais, e o Brasil parece estar na mira.
Fundada há mais de sete décadas, a empresa tem colaborado com gigantes como Volkswagen e Toyota em solo chinês. Agora, o plano da marca é estender sua presença global.
No Salão de Xangai 2025, foi revelado que a FAW considera lançar no Brasil suas marcas Bestune e Hongqi, conhecidas por veículos de luxo e SUVs híbridos. A notícia foi apurada pela revista Autoesporte em colaboração com a Automotive Business, revelando uma estratégia de adaptação ao mercado nacional.
A presença de funcionários da FAW no estande da Comexport, responsável pela importação de veículos no Brasil, sugere negociações para viabilizar essa entrada. A aquisição de uma fábrica da Ford/Troller no Ceará também alimenta especulações sobre a futura operação da montadora no país.
Histórico e parcerias da FAW
Além de marcas próprias como Bestune e Hongqi, a FAW coopera com montadoras estrangeiras, incluindo Volkswagen e Audi. Em 2024, suas vendas superaram 800 mil unidades na China, com a Hongqi destacando-se no setor de luxo.
Em eventos recentes, como o Festival de Goodwood e o Salão de Bruxelas, a marca demonstrou sua ambição internacional. A Hongqi, por exemplo, apresentou SUVs com design inspirado no Defender e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 4 segundos.
Estratégias para o mercado brasileiro
No Brasil, a FAW pode lançar SUVs acessíveis da Bestune. O Bestune T33, um SUV elétrico, compete com modelos como o BYD Yuan Plus.
Já o Bestune T77, que é híbrido, oferece uma autonomia impressionante de quase 2.000 km, combinando motores elétrico e a combustão.
A FAW aguarda que a tecnologia flex esteja pronta para adaptar seus veículos ao mercado brasileiro, focando em modelos que utilizem tanto etanol quanto gasolina.
A expectativa é de que, uma vez superada essa etapa técnica, a empresa avance com seus planos no Brasil.
