Uber pelos ares: como irão funcionar os carros voadores da Embraer?

De acordo com a Embraer, intuito dos eVTOLS é de funcionarem como carros de aplicativos de corrida. Mas afinal, quanto isso irá custar?

A antiga previsão de carros voadores está cada vez mais próxima de acontecer no céu brasileiro. A Eve, subsidiária da Embraer, está planejando o início dos voos comerciais em cerca de três anos. Para isso, a companhia está desenvolvendo uma espécie de “carro voador”, chamada de eVTOL. A expectativa é de que a operação comercial se inicie em São Paulo em 2026.

Além disso, a empresa estima ainda alcançar 12,7 milhões de passageiros por ano em 2035, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. Em uma apresentação feita recentemente, a Eve abriu projeções para suas operações. Assim, é estimado 900 mil passageiros por ano em 2026 e 8,2 milhões por ano em 2035, somente na cidade de São Paulo. A receita poderá chegar a US$ 410 milhões (R$ 2 bilhões) em 2035.

Já no Rio de Janeiro, as expectativas estão em 400 mil passageiros por ano em 2026 e 4,5 milhões por ano em 2035. Em relação à receita, a estimativa indica US$ 220 milhões (R$ 1 bilhão) em 2035.

Carros voadores funcionarão como Uber

De acordo com a companhia, os carros voadores irão fazer parte de um sistema semelhante ao Uber, sendo operados como aplicativos de mobilidade urbana. Para isso, as bases para os veículos serão construídas para atender a necessidade dos eVTOLS, sendo chamadas de “vertipontos”. Elas funcionarão de forma semelhante aos helipontos.

eVTOLS
eVTOLS

A diferença será que essas estruturas irão permitir a recarga das baterias e manutenção dos veículos, além do pouso e da decolagem. De acordo com o Uol, a proposta da empresa é ofertar voos mais curtos, sem ultrapassar 100 km em linha reta. Assim, para cada trajeto que leve 1h30 a 2h de carro, o eVTOL será capaz de realizar em somente 9 minutos.

Afinal, quanto irá custar o novo serviço?

De acordo com o presidente-executivo, Daniel Moczydlowe, as viagens irão custar entre 50 e 100 dólares por passageiro. “A meta para a entrada inicial que a gente tem olhado é chegar a 50 a 100 dólares, uma viagem. Isso para Brasil ainda é caro e estamos estudando maneiras após a entrada em operação de ganhar mais eficiência para poder reduzir mais”, afirmou o presidente.

Dessa forma, os primeiros eVTOLS da Eve terão capacidade para um piloto e quatro passageiros. No entanto, a projeção é que os voos aconteçam sem piloto, abrindo vagas para mais um ou dois passageiros.

“Hoje não tem voo de Guarulhos para Viracopos; mas para um eVTOL faria sentido. Ninguém usa voo dentro da cidade como rotina. É veículo para substituir helicóptero? Não. É para criar um mercado que hoje não existe”, finalizou Moczydlowe.

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