Vai mudar tudo! Governo quer que alunos do ensino médio tenham curso de autoescola nas escolas

Ministério dos Transportes propõe integrar o curso teórico de autoescola ao ensino médio, ampliando o acesso à habilitação e promovendo a inclusão.

O governo federal estuda uma medida que promete transformar a forma como os jovens brasileiros se preparam para dirigir.

A proposta, elaborada pelo Ministério dos Transportes, busca incluir o curso teórico de autoescola diretamente no ensino médio, dentro das próprias escolas, como uma atividade extracurricular.

A iniciativa pretende democratizar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e promover uma formação mais cidadã, consciente e inclusiva.

CNH no ensino médio: o que muda com a proposta

A ideia central do projeto é unir educação e trânsito desde cedo, permitindo que os estudantes adquiram conhecimentos sobre legislação, segurança e comportamento nas vias ainda antes de completarem 18 anos.

Com isso, o governo espera reduzir etapas no processo de habilitação, além de incentivar a responsabilidade e o respeito nas ruas desde a adolescência.

De acordo com o Ministério dos Transportes, o curso teórico de formação de condutores poderá ser oferecido por:

  • Escolas públicas e privadas de ensino médio;
  • Escolas Públicas de Trânsito (EPTs);
  • Autoescolas credenciadas;
  • E também por meio da plataforma digital do próprio ministério, ampliando o acesso à formação para estudantes de diferentes regiões do país.

Autoescola na escola: proposta do governo promete facilitar a vida de quem quer dirigir (Foto: Shutterstock)

Credenciamento e funcionamento nas escolas

Para oferecer o curso, as escolas precisarão se credenciar junto aos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans). As aulas seguirão o conteúdo e as diretrizes definidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), garantindo padronização e qualidade no ensino.

Os módulos poderão ser ministrados tanto por instrutores de trânsito credenciados, quanto por professores do próprio colégio, desde que capacitados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Essa integração visa facilitar a logística e aproveitar a estrutura já existente das instituições de ensino.

Certificação e benefícios aos estudantes

Os alunos que obtiverem frequência mínima de 75% e forem aprovados no curso receberão um certificado nacional de participação, registrado no Registro Nacional de Condutores (Renach).

Esse documento poderá ser aproveitado futuramente no processo de obtenção da CNH, eliminando etapas e reduzindo custos na autoescola.

Na prática, o estudante sairá do ensino médio com parte do caminho rumo à primeira habilitação já concluído — um avanço que pode representar uma grande economia de tempo e dinheiro para milhares de jovens.

Formação cidadã e inclusão social

Além de facilitar o acesso à habilitação, a proposta também tem um caráter social e educativo. O objetivo é formar cidadãos mais conscientes e responsáveis no trânsito, diminuindo comportamentos de risco e contribuindo para a redução de acidentes nas vias.

Outro ponto importante é a inclusão: ao permitir que escolas públicas ofereçam o curso gratuitamente, o governo amplia as oportunidades para jovens de baixa renda que sonham em dirigir, mas enfrentam dificuldades financeiras para arcar com os custos de uma autoescola tradicional.

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