Vai passar no posto de combustível? Escolher a bomba certa para abastecer pode te livrar de uma cilada

Agência reguladora volta atrás em decisão que permitia a comercialização de produtos fabricados por outra distribuidora.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) voltou atrás e autorizou a venda de combustíveis de outras distribuidoras em postos com bandeira, como Shell, Petrobras ou Ale. A chamada “bomba branca” permite o fornecimento de produtos de outras empresas em estabelecimentos de marcas famosas.

A desastrada decisão do órgão regulador pode provocar confusão nos motoristas, já que muitos escolhem a bandeira do posto justamente para garantir que estão comprando um combustível de qualidade.

No fim do ano passado, a 1ª Vara Federal e Cível de Uberlândia (MG) acatou uma Ação Civil Pública e determinou o fim da bomba branca nos estabelecimentos da região. Em janeiro, a ANP publicou um ofício ampliando a decisão a nível nacional.

Porém, segundo informações do portal AutoPapo, a agência retrocedeu em sua decisão, e a venda de combustíveis de outras distribuidoras em postos bandeirados voltou a ser permitida no Brasil. A exceção vale apenas para 14 municípios do Triângulo Mineiro, onde prevalece a decisão da Justiça local.

Perigos da ‘bomba branca’

A venda de combustíveis de outras marcas em estabelecimentos famosos não quer dizer, necessariamente, que esses produtos sejam adulterados ou possuam qualidade inferior. Por outro lado, é comum que postos famosos tenham mais rigor na seleção dos combustíveis vendidos com o seu nome.

O principal problema do modelo em vigor é que ele coloca em risco a sinalização ao cliente, uma vez que nem sempre é possível identificar que a bomba escolhida para abastecer é diferente das demais, explica o Instituto Combustível Legal (ICL). A entidade se posicionou a favor do fim da bomba branca.

Outra questão é a abertura de espaço para que distribuidoras que praticam crimes, como sonegação de impostos, e não se preocupam com a qualidade de seus produtos penetrem no mercado. Isso gera concorrência desleal e distorções que, no fim das contas, prejudicam o consumidor final.

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