Vale a pena comprar carros na Argentina e trazer para o Brasil?
Conheça as regras, vantagens e desvantagens de fazer esse tipo de importação.
A proximidade entre Brasil e Argentina sempre atraiu a atenção dos brasileiros para oportunidades além do turismo. A depreciação do Peso Argentino tornou o país uma opção interessante para adquirir produtos, incluindo veículos. Mas será que é vantajoso importar um carro de lá?
Como não poderia deixar de ser, a ideia de comprar um carro na Argentina gera muitas dúvidas. Entre elas, destacam-se os custos adicionais e o processo de legalização para circular no Brasil.
De um jeito ou de outro, este artigo busca esclarecer essas questões e orientar sobre o investimento em um automóvel no país vizinho. Vamos lá?
Como funciona a importação de veículos da Argentina?
Antes de qualquer coisa, vale salientar que importar carros da Argentina para o Brasil é permitido, mas com restrições.
Veículos usados são proibidos, a menos que tenham mais de 30 anos, enquanto carros novos precisam estar sem emplacamento. Essas normas vigentes desde 1991 garantem o controle sobre a importação.
Comprar um carro na Argentina pode não ser tão vantajoso quanto parece – Imagem: reprodução
Para legalizar um carro argentino no Brasil, o processo é extenso. Envolve autorizações, licenças da Receita Federal e do Ibama e pagamento de taxas de importação.
É importante destacar ainda que carros com placa estrangeira só podem circular se o proprietário não residir no Brasil.
Comparação de preços
No que diz respeito ao custo de veículos na Argentina, é interessante notar uma variação devido à inflação elevada no país vizinho.
Um exemplo é o Toyota Etios, que custa cerca de 3,9 milhões de pesos, equivalente a mais de R$ 80 mil. Apesar de parecer vantajoso inicialmente, somar taxas e impostos torna o preço final pouco atrativo.
Comércio automotivo no Mercosul
Desde 2019, acordos entre países do Mercosul, como Brasil e Paraguai, visam incentivar o comércio automotivo com tarifas reduzidas. Para veículos paraguaios, as tarifas são zero, enquanto carros brasileiros enfrentam uma redução gradual.
Esses acordos buscam ampliar o mercado e a competitividade do setor automotivo. A produção de carros no Brasil apresentou declínio, mas o mercado de exportação se expande, refletindo em potencial crescimento econômico e geração de empregos.
Embora a ideia de comprar um carro na Argentina pareça atraente pela desvalorização do peso, os desafios logísticos e financeiros superam os benefícios.
Com as novas tarifas reduzidas do Mercosul, pode ser mais vantajoso avaliar compras dentro do bloco, especialmente com o Paraguai.