Vale mais de R$ 1 milhão! Fusca raro se torna o Volkswagen mais caro do Brasil
Modelo de 1952, um ícone da indústria automotiva, quebra recordes no Brasil ao atingir valor superior a R$ 1 milhão.
Um Volkswagen Fusca de 1952, modelo Split Window, tem despertado o interesse de colecionadores e investidores, surpreendendo o mercado automotivo brasileiro com seu valor. Originalmente produzido na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, o Fusca continua sendo um dos veículos mais estimados no Brasil.
Recentemente, o modelo 1952 foi vendido por R$ 800 mil e, em 2023, atingiu a impressionante marca de mais de R$ 1 milhão. Esta escalada no preço destaca o Fusca como o Volkswagen mais caro do país. Segundo especialistas, sua condição próxima ao original e a raridade influenciam a valorização.
O preço da originalidade
Fusca Split raro (Foto: Reprodução/Instagram/@alexfabianogg)
Alex Fabiano, da GG World Classic Cars, destaca que o Fusca é um “matching numbers”, ou seja, todas as peças originais, incluindo motor e câmbio, permanecem como novos. Esse fator de originalidade é crucial para o aumento de seu valor.
A procedência do veículo também adiciona um charme especial. Importado pela Brasmotor, ele chegou ao Brasil antes mesmo de a Volkswagen iniciar a produção local, o que acentuou sua raridade. Restaurado ao seu estado original, incluindo chave reserva e manual, ele se destaca no mercado.
A valorização do Fusca 1952 é comparada à de modelos de luxo, como o Porsche 356 pós-guerra. Enquanto o Fusca foi criado como um veículo utilitário, sua condição rara no mercado atual o diferencia. Outros Fuscas, como o Oval de 1954 e o Itamar Ouro de 1996, também têm alta demanda.
Fabiano prevê que os preços dos veículos clássicos continuarão a subir no Brasil. Essas relíquias são vistas como investimentos seguros, comparáveis a aplicações financeiras tradicionais, pois tendem a valorizar ao longo do tempo.
Mercado internacional e valorização
O mercado internacional impulsiona essa valorização. Importar um Split Window 1952 da Alemanha pode custar mais de R$ 2 milhões com taxas, tornando os modelos já no Brasil atrativos para investidores.
Outros clássicos, como o VW GTI e o Dodge Charger RT, também experimentaram aumentos significativos de valor. Há três décadas, eram ignorados, mas hoje são apreciados como verdadeiras obras de arte.
O mercado de veículos clássicos no Brasil tem crescido rapidamente, profissionalizando-se e atraindo um público mais amplo. Este segmento movimenta considerável capital, com leilões e concursos destacando modelos bem preservados.
Fabiano aponta que essa profissionalização reflete o crescente interesse em preservar a história automotiva. Modelos clássicos são vistos como investimentos sólidos, que geram retornos ao longo dos anos.