Vendas de elétricos e híbridos crescem 70% e mostram futuro promissor no Brasil
Apesar da retração do mercado, elétricos e híbridos ganham espaço. Consultoria destaca avanço das marcas chinesas.
As vendas do setor automotivo no Brasil recuaram em agosto. Segundo a Bright Consulting, o mês somou 214.380 veículos, o que representa uma queda de 6,9% em relação a julho e uma retração de 3,8% em comparação com agosto de 2024.
Mesmo com a redução no número total de emplacamentos, a eletrificação ganhou fôlego entre os consumidores.
Os dados mais recentes do levantamento revelam um salto nos eletrificados dos tipos 100% elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos comuns (HEV) e híbridos-leves (MHEV). Em agosto, foram 24.540 unidades, estabilidade frente a julho, porém alta de 70,4% sobre agosto de 2024. Com isso, a fatia chegou a 11,4%.
Participação e volume por categoria
Considerando apenas os eletrificados plenos (HEV, PHEV e BEV), agosto registrou 19.745 unidades. Esse conjunto representou 9,2% do mercado no mês. Já os BEV e PHEV juntos somaram 14.962 emplacamentos, equivalentes a 7% das vendas totais.
No acumulado de 2025, os eletrificados alcançaram 160.191 emplacamentos. O resultado indica um avanço de 48,5% na comparação anual.
Além disso, o indicador confirma a expansão ao longo do ano, enquanto a participação mensal se mantém em um patamar mais elevado.
Marcas chinesas ganham espaço
As montadoras chinesas ampliaram sua presença no Brasil em agosto, e a fatia conjunta dessas marcas avançou de 9,2% para 9,9%. Nesse movimento, a BYD segue líder entre os elétricos, enquanto a GWM se destaca entre os híbridos plug-in.
Acumulado do ano
De janeiro a agosto, o país somou 128.620 emplacamentos de veículos eletrificados plenos. Desses, mais de 96 mil correspondem a BEV e PHEV, segundo os dados.
Assim, as categorias com recarga externa mantêm tração consistente e ampliam a presença nas vitrines nacionais.
Mesmo com retração geral, o avanço dos eletrificados confirma uma mudança estrutural. As marcas chinesas ganham protagonismo, enquanto BYD e GWM consolidam posições. Assim, a tendência aponta para uma participação crescente e maior competição entre tecnologias.
Esse retrato do momento ajuda a orientar estratégias de produto, preço e infraestrutura no Brasil.