Vidro aberto ou fechado altera consumo? Revelamos o mistério

Deixar o vidro do carro aberto e aproveitar o vento, apenas fechar tudo ou fechar e ligar o ar-condicionado? Essa é uma dúvida muito comum entre os motoristas que se preocupam em economizar combustível, e apesar de parecer óbvia, a resposta pode te surpreender.

A primeira coisa que o condutor precisa considerar é que, por conta da aerodinâmica, o carro precisa ultrapassar a barreira de ar que existe à sua frente. Com os vidros abertos, essa barreira de ar é acrescida do ar que entra pelas janelas e vai parar no vidro traseiro.

Para vencer essa corrente de alguma maneira, o veículo precisa de mais potência, o que significa maior consumo de combustível. Em resumo, os vidros fechados melhoram o fluxo de ar e evitam que sua entrada no interior do carro interfira no consumo.

Mas aí entra o ar-condicionado. Será que o consumo extra gerado pelo aparelho é compensado pela melhoria na aerodinâmica?

Quando fechar os vidros vale a pena?

Os vidros levantamentos só melhoram a aerodinâmica em velocidades mais altas, então a vantagem praticamente não existe para um automóvel circulando a 20, 40 ou 50 km/h na cidade. Já durante uma viagem na estrada a uma velocidade em torno de 90 a 100 km/h, os vidros levantados são úteis para reduzir o consumo e compensar o uso do ar-condicionado.

Testes ilustram a diferença

Testes realizados pela revista Quatro Rodas mostraram que os índices de perda com os vidros abertos ou o ar-condicionado ligado variam de acordo com o modelo. O levantamento foi feito com C4 Cactus, Kwid, Virtus e Prius.

O Kwid teve consumo 29,1% pior na cidade e 21,08% inferior na estrada com o ar ligado, sendo o modelo que mais sofreu nessa condição. Ele também amargou a pior queda no consumo na estrada com os vidros abertos, de 12,4%.

Já o C4 Cactus manteve praticamente as mesmas médias com o vidro aberto e registrou uma diferença bem pequena de consumo com o vidro fechado e o ar ligado. Veja a tabela: