Você conhece o ‘chapéu de chinês’? Equipamento ajuda na fiscalização dos carros
Conheça os mecanismos de segurança adotados para proteger radares em avenidas e estradas do Brasil contra furtos.
Recentemente, motoristas têm notado estruturas peculiares em postes de fiscalização nas ruas e rodovias brasileiras. Essas peculiaridades despertaram curiosidade sobre sua real função e origem. Entre as dúvidas, destaca-se se seriam novos tipos de radares.
Segundo entidades, como a CET e as concessionárias rodoviárias paulistas, revelou-se que essas estruturas visam proteger equipamentos valiosos de furtos, um problema crescente devido ao alto valor dos componentes.
A questão foi esclarecida pela Fotovoltec, empresa responsável pelos postes, que confirmou que as proteções não são novas tecnologias de radar, mas dispositivos antifurto. Entre os modelos identificados estão estruturas piramidais e o chamado “chapéu chinês“.
Dispositivos antifurto: pirâmide e chapéu chinês
Foto: Danilo Verpa/Folhapress
As estruturas piramidais, sem fundo, permitem que equipes técnicas acessem o interior após destrancarem o mecanismo. Esse modelo tem sido usado em locais como a Rodovia Ayrton Senna desde 2021.
O “chapéu chinês”, composto por tiras metálicas em formato floral, está em fase de testes na Marginal Tietê desde março de 2024. Ambos visam combater o crescente número de furtos em áreas de alta incidência.
Valor e vulnerabilidade dos radares
Os radares de trânsito são alvos de furtos devido ao seu valor, que pode ultrapassar R$ 150 mil. Internamente, contêm componentes valiosos, como metais preciosos e cobre, cuja demanda aumentou durante a pandemia e conflitos internacionais.
O roubo desses materiais tem gerado apagões e interrupções em serviços essenciais, como energia e transporte. A substituição de cabos de cobre por alumínio, embora menos eficiente, é uma solução adotada para reduzir o impacto econômico dos furtos.
Impactos dos furtos no trânsito
Os furtos demandam longas horas de reparos, afetando significativamente o trânsito. A CET destaca que a substituição de cabos pode levar mais de 12 horas, gerando transtornos e atrasos para motoristas e pedestres.
Em resposta ao problema, algumas prefeituras têm adotado medidas para amenizar os danos causados pelos roubos, como a troca dos fios de cobre por alternativas mais baratas e menos suscetíveis a furtos.