Você sabia que existe uma quilometragem ideal para comprar carro usado?
Comprar um carro usado sem saber o quanto ele rodou é uma decisão arriscada para qualquer proprietário.
O consumidor está cada vez mais exigente na hora de escolher um carro para comprar, e isso não vale apenas para o mercado de veículos novos, mas também para o segmento de usados. Todo mundo quer um modelo mais completo, bem conservado e, de preferência, com baixa quilometragem.
Ter rodado pouco é um argumento usado por muitos lojistas e vendedores particulares que querem valorizar o preço de seu produto. Isso até faz sentido, afinal, as chances de um automóvel que circulou menos estar em melhor estado são maiores.
Porém, é importante lembrar que outros fatores são mais importantes do que a quilometragem, como o estado geral do motor e da suspensão, a presença de itens de segurança e a realização das manutenções preventivas em dia.
Qual a quilometragem ideal de um carro usado?
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Mesmo sabendo que a distância rodada não é a única característica importante, ela ainda é muito relevante. Segundo o consultor técnico Fábio Fukuda, é fundamental avaliar esse número, mas não existe uma única resposta quando o assunto é quilometragem ideal.
Isso vai depender, de acordo com o especialista, “do que você espera do carro, do tipo de carro, do tamanho do seu bolso”.
“É óbvio que carros com menor quilometragem têm menor probabilidade de ter problemas existentes, que já carregam do antigo proprietário, mas não existe uma quilometragem ideal”, afirma.
Fukuda diz que a conta deve ser feita por um ano e uma boa média de uso normal do veículo “é entre 10 mil e 15 mil km rodados” a cada doze meses.
“Acima disso, é um carro muito rodado e aí eu já começo a ficar mais preocupado”, completa.
É importante sempre ficar de olho em eventuais adulterações no hodômetro, feitas com o intuito de reduzir a medição para valorizar o veículo usado.
Para essa verificação, basta solicitar o manual do proprietário e procurar sinais que indiquem o estado de conservação do veículo, como volante, manopla de câmbio, banco do motorista e pedais.
Se o desgaste nesses componentes está acentuado demais para condizer com a quilometragem anunciada, é melhor fugir do negócio para não cair em um golpe.