Volkswagen cobrará taxa de quem carregar 100% de elétricos; Volvo também
Subsidiária da VW anuncia cobrança para os ‘folgados’ que usam as redes de recarga para carros elétricos.
Os postos de cargas para carros elétricos ainda são uma raridade no Brasil, mas mesmo em países com mais estabelecimentos, existem alguns problemas. Para evitar que seus carregadores sejam ocupados por um tempo excessivo, a rede de carregamento Electrify America anunciou uma decisão séria.
Subsidiária da Volkswagen, a empresa cobrará uma taxa dos usuários que quiserem carregar a bateria do carro totalmente, ou seja, até 100% da capacidade.
Os clientes que não desejam ser penalizados deverão obedecer ao tempo máximo permitido de carregamento, atingido quando o automóvel chega aos 85% de carga. Essa é uma medida já praticada por outra marca para evitar a ocupação desnecessária dos seus eletropostos.
Carregar é diferente de abastecer
Foto: DigitalPen/Shutterstock
Os carregadores rápidos podem encher a bateria de um veículo elétrico de 0% a 80% com bastante velocidade, mas os 20% finais normalmente levam muito mais tempo. É por isso que o conceito de “abastecer” um EV é tão diferente de encher o tanque de um carro a combustão.
Segundo o presidente da Electrify America, Robert Barossa, os carregadores rápidos não devem ser utilizados para a recarga completa.
As dez estações de carregamento da empresa mais movimentadas da Califórnia, nos EUA, terão um limite de até 85% de carga. Se o motorista não desconectar o automóvel após uma tolerância de dez minutos, será cobrada uma taxa de “ociosidade” no valor de 0,40 dólares (cerca de R$ 2,20) por minuto.
Volvo também cobra taxa
Outra empresa que tenta impedir os usuários “folgados” de ocupar o posto de recarga por tempo demais é a Volvo. Nos eletropostos da marca, quem se ausenta do local e deixa o carro conectado no carregador após a conclusão da recarga paga caro.
O valor é de R$ 5 por minuto após 15 minutos de tolerância. A cobrança segue acumulando até que o conector seja liberado para outros condutores.
“Percebemos que ainda é necessário educar os usuários sobre a realidade dos carros elétricos e a questão da infraestrutura”, afirmou Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil.