Volta ao modelo antigo? Placas com município e Estado podem retornar
Senado aprova projeto que sugere reincluir cidade e estado nas placas para melhorar a fiscalização de trânsito.
O atual modelo de placas veiculares no Brasil, adotado em conformidade com o padrão Mercosul desde 2018, pode estar prestes a sofrer mudanças significativas. Um projeto de lei, recentemente aprovado no Senado, propõe a reinserção das informações de município e estado nas placas de veículos.
De autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), a proposta busca aprimorar a identificação veicular e simplificar o trabalho das autoridades de trânsito. Segundo o senador, a identificação local facilita a atuação das forças de segurança em situações de emergência.
Agora, o projeto tramita na Câmara dos Deputados e, se aprovado sem alterações, poderá seguir direto para a sanção presidencial. Caso sancionado, a nova exigência passará a valer um ano após a publicação oficial, oferecendo prazo para adaptação.
Impactos e mudanças propostas na placa Mercosul
O Projeto de Lei 3214/2023 visa alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), exigindo que as placas exibam novamente o nome do município e do estado de emplacamento, além da bandeira da unidade federativa.
Essa mudança busca reviver parte do antigo modelo, aproximando-se da visualização anterior.
Amin destaca que a ausência de informação local nas placas atuais gera dificuldades em operações de fiscalização e identificação de veículos suspeitos. Ele acredita que a identificação regional possibilita uma resposta mais eficaz das autoridades em casos de emergência.
Argumentos a favor e contra
- A favor: facilita o trabalho de policiais e agentes de trânsito ao fornecer informações imediatas sobre a origem do veículo.
- Contra: considerado um retrocesso na padronização regional promovida pelo Mercosul, podendo aumentar custos com a eventual troca de placas.
Andamento e impacto do projeto
Se aprovado nas Comissões da Câmara dos Deputados sem emendas, o projeto será encaminhado para sanção presidencial. Em caso de modificações, retornará ao Senado para nova análise.
O impacto potencial da mudança envolve mais de 110 milhões de veículos no Brasil.
Além disso, empresas de fabricação de placas e Detrans estaduais precisarão se adaptar ao novo formato, o que pode resultar em ajustes operacionais e possíveis custos adicionais para os motoristas.
A discussão sobre a inclusão de informações locais nas placas de veículos reacende um antigo debate entre modernização e funcionalidade. Esperidião Amin defende a medida como um avanço para a segurança pública, enquanto alguns setores ainda preferem a padronização atual.
O futuro dessa proposta agora depende das decisões da Câmara dos Deputados e da presidência.