Pense bem antes de acelerar! Alta velocidade aumenta chance de sinistros graves, afirma OMS
Organização Pan-Americana de Saúde afirma que a velocidade em excesso é um fator de risco determinante para acidentes graves.
A alta velocidade é um fator decisivo para cerca de um terço de todas as mortes no trânsito em países de alta renda, alerta a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas. Em países de baixa e média renda, ela contribui para metade das fatalidades.
Segundo a entidade, a probabilidade de ocorrência de um sinistro e a gravidade das consequências aumentam com a velocidade. Os riscos de morte são ainda maiores para os pedestres.
“Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h”, diz a OPAS/OMS.
Situação alarmante
O relatório mais recente da organização sobre a segurança rodoviária mundial revela uma situação alarmante de falta de avanço em leis e padrões em todo o planeta. Segundo a OMS, apenas seis países possuem legislações que acompanham as melhores práticas para reduzir os fatores de risco (excesso de velocidade, condução sob o efeito do álcool, uso de capacetes e cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças).
Em contrapartida, 140 nações possuem leis para pelo menos um dos fatores mencionados, dos quais 23 modificaram as regras para se adequarem às melhores práticas após a divulgação do relatório global de 2018.
Os governos precisam adotar medidas para abordar a segurança no trânsito de maneira integral. Isso requer o envolvimento de vários setores, como transporte, segurança pública, saúde, educação e ações que tratem da segurança viária, dos veículos e de seus usuários, defende a OMS.
O documento também cita uma lista de intervenções eficazes: “desenhar uma infraestrutura mais segura e incorporar elementos de segurança viária na planejamento do uso de solo e de transportes; melhorar os dispositivos de segurança dos veículos e a atenção às vítimas de acidentes de trânsito; estabelecer e aplicar normas relacionadas aos principais riscos; e aumentar a conscientização pública sobre o tema.”
Apenas 35 países legislam sobre todos os principais recursos de segurança, como sistemas avançados de frenagem e proteção contra impactos, ao passo que a frota global de veículos motorizados deve duplicar até 2030.