Qual o truque para comprar um carro completo com preço de modelo mais simples?

As versões mais completas dos carros zero-quilômetro custam bem mais caro que as mais básicas justamente porque adicionam equipamentos e recursos ao modelo. Para levar uma configuração como essa para casa, é claro que o comprador precisa desembolsar um valor mais alto.

A boa notícia é que a lógica muda no mercado de usados. O valor desses diferenciais, em muitos casos, acaba sendo diluído na desvalorização natural ao longo dos anos, facilitando a compra de veículos mais completos com preços semelhantes aos mais básicos.

Completões por preço de básicos

Um Citroën C4 Cactus, por exemplo, custava cerca de R$ 5 mil na versão Feel Pack do que na Feel a época o lançamento. Seis anos depois, a diferença entre as configurações é de apenas R$ 500, um valor quase irrisório, na prática.

A Feel Pack tem todos os equipamentos da versão Feel, além de ar-condicionado automático, airbags laterais, sensores crepuscular e de chuva, chave de presença, painel com acabamento superior e rodas diamantadas. Somente um comprador que não tem essa informação deixaria de adquirir tudo isso por R$ 500 de diferença.

Outros exemplos não faltam, sobretudo quando a versão não é levada em conta na tabela Fipe. É o caso do VW Golf GTI, que custava até R$ 40 mil acima da opção padrão, mas a referência de preço no mercado de usados atualmente é uma só. Se quiser ganhar mais com a venda, o dono de um GTI completo precisa ter uma boa justificativa.

Como é possível observar, o segmento de usados tem como uma de suas grandes vantagens a possibilidade de colocar na garagem uma versão muito mais completa por preços bem semelhantes à da mais simples. Por isso, antes de fechar negócio, é interessante pesquisar os valores na tabela Fipe.

Vale mencionar que alguns itens presentes nos carros zero-quilômetro deixaram de ser diferenciais para se tornar obrigatórios, como airbags frontais e freios ABS. Portanto, em poucos anos, eles também vão equipar os usados mais simples.