Cuidado ao sair de casa! Tampa traseira da Fiat Strada com remoção rápida vira alvo de bandidos
Modelo da geração anterior da picape possui sistema de remoção rápida que permite a remoção da tampa em poucos segundos.
Mesmo com o surgimento de equipamentos de segurança e monitoramento cada vez mais modernos, os furtos e roubos de veículos continuam sendo um grave problema no Brasil. Em São Paulo, o volume de ocorrências registradas na capital cresceu bastante no ano passado em relação a 2022.
Uma pesquisa divulgada pela B4 Risk, baseada em dados da Secretaria da Segurança Pública paulista, aponta que os furtos e roubos de veículos aumentaram 8,2% em um ano, passando de 53,1 mil para 57,5 mil casos. Essa situação caótica de violência e medo vai além de carros inteiros, já que o roubo de peças específicas tem se tornado bastante comum.
O mais novo componente a entrar na mira dos ladrões é a tampa traseira da Fiat Strada, picape que está entre os modelos mais vendidos do Brasil. Veja imagens da ação:
Roubo da tampa traseira da Strada
O alvo são as unidades da geração anterior da Strada, cuja tampa traseira possui um sistema de remoção rápida que possibilita sua retirada em poucos segundos. Não é necessário usar nenhuma ferramenta, o que facilita o trabalho dos bandidos.
O criminoso só precisa abrir a tampa, desengatar os cabos de suporte, inclinar a peça a um ângulo acima de 90 graus e deslizá-la lateralmente para desconectar as dobradiças. O processo é fácil e resulta em um bom ganho para o ladrão, já que o item custa mais de R$ 1,5 mil em sites de compra e venda.
As peças são enviadas para todo o Brasil. Quando alguém compra um produto no mercado ilegal, está deixando o próprio veículo mais exposto à ação dos bandidos, pois a demanda por peças cresce. É um ciclo que se retroalimenta”, explica Rodrigo Boutti, diretor de operações da Sat Company.
O especialista alerta que o consumidor final que adquire peças no mercado ilegal pode pegar de um a quatro anos de reclusão por receptação culposa, crime previsto no Código Penal. Por isso, é preciso exigir nota fiscal ou garantia de procedência para evitar dores de cabeça.
“A chance de essas peças virem de desmanches ilegais e de carros roubados é muito grande. Se você vende em uma loja física, precisa atender à Lei do Desmanche; ou seja, tem que comprovar a origem da peça. No entanto, se você compra pela internet, sem saber se é uma loja que está comercializando, corre o risco de adquirir uma peça roubada ou falsificada. É importante verificar sempre se o vendedor é confiável”, completa Boutti.