Perigo oculto: quais os riscos do gás mais tóxico que sai de um veículo?

Os riscos aos quais motoristas e passageiros estão sujeitos dentro de um veículo estão mais ligados ao desrespeito às leis de trânsito, como o excesso de velocidade ou a combinação de álcool com a direção. No entanto, a chance de acidente não é o único perigo oferecido por um carro.

Os automóveis equipados com motorização a combustão escondem um risco que não tem cor nem cheiro, mas pode causar envenenamento e até levar à morte.

Segundo o engenheiro mecânico André De Maria, o gás mais perigoso e com potencial intoxicante presente em um veículo a combustão é o monóxido de carbono (CO). Ele é resultante da queima do combustível e é emitido pelo sistema de escapamento do carro.

Sintomas da inalação de monóxido de carbono

Foto: Shutterstock

É importante ter conhecimento sobre os sintomas causados pela inalação desse gás tóxico para procurar ajuda ao primeiro sinal de intoxicação. Afinal, o elemento pode provocar a morte em casos mais graves.

Quando inalado, o CO se junta à hemoglobina, agente que transporta o oxigênio para os órgãos, o que impede o corpo de suprir todas as células e leva à falência dos órgãos.

O monóxido de carbono é um elemento incolor (sem cor) e inodoro (sem cheiro). Ao respirá-lo, a pessoa pode sentir sonolência, forte dor de cabeça, náusea, tontura, fraqueza, confusão e até dor no peito. Se reconhecer qualquer um desses sinais, é importante deixar o veículo rapidamente e procurar ajuda médica.

Continuar sendo exposto ao gás pode levar a uma situação impossível de ser revertida, resultando no óbito por asfixia.

Como prevenir a intoxicação

A intoxicação acidental por monóxido de carbono é uma preocupação séria, especialmente porque acontece de forma silenciosa e pode passar despercebida até que seja tarde demais.

Para se prevenir, é importante adotar práticas de segurança que protegem contra as consequências danosas do contato com o gás, tais como:

• Realizar a manutenção regular do sistema de escapamento;
• Não deixar o motor ligado em ambientes fechados;
• Verificar bloqueios no sistema de escapamento;
• Não usar o ar-condicionado ou aquecedor em locais fechados;
• Promover a ventilação adequada da cabine;
• Não realizar modificações no escapamento sem autorização do órgão responsável.