Perigo na bomba: existem postos de combustíveis piratas e você precisa ter cuidado
Estabelecimentos duvidosos são criados para enganar os clientes em todas as etapas do processo, começando pelo primeiro contato.
Cair em um golpe ao abastecer o veículo está cada vez mais fácil no Brasil, e o perigo não está apenas em encher o tanque com combustível adulterado, embora esse risco continue sendo alto. Os esquemas estão tão elaborados que agora existem até postos piratas espalhados por aí.
Um posto de combustível pirata tenta enganar o cliente do começo ao fim, desde o momento em que ele avista o estabelecimento e decide parar para comprar gasolina, etanol ou diesel. O princípio básico dessas empresas enganosas é lesar o consumidor do início ao fim.
O golpe começa no visual da loja, que tem a aparência de uma distribuidora aparentemente oficial, com cores e símbolos semelhantes aos de marcas famosas. Esse é o motivo pelo qual esses locais também são chamados de postos clone.
Até a bandeira desses tipos de estabelecimentos é semelhante à de marcas de combustíveis conhecidas, como Shell, Ipiranga e BR Distribuidora. A diferença é que eles não oferecem produtos originais em suas bombas.
As lojas de combustíveis piratas funcionam de uma forma bem simples. O cliente acredita que está comprando uma gasolina de qualidade de uma marca famosa, mas quase sempre paga por um produto inferior e, às vezes, adulterado. Somente mais tarde, quando o veículo começa a perder potência ou apresentar defeitos nas peças, os prejuízos são percebidos.
Casos vão parar na Justiça
Foto: Shutterstock
Segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), o esquema caracteriza propaganda enganosa porque a empresa usa uma marca conhecida para confundir o público e oferecer produtos de procedência duvidosa como se fossem originais.
Outros postos são menos ousados e não utilizam a bandeira com a logomarca de uma distribuidora de renome, mas criam uma identidade visual muito semelhante para o consumidor. Para isso, é comum o uso das mesmas cores e dos formatos da marca reconhecida até nos uniformes dos funcionários.
Os postos piratas foram alvo de ações judiciais da BR Distribuidora, que encontrou lojas utilizando sua identidade visual. A Justiça de São Paulo deu um prazo de 48 horas para os estabelecimentos removerem todos os elementos que pudessem enganar os consumidores, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia.
Para não cair no golpe do posto pirata, a melhor dica é prestar atenção à identidade visual do local para conferir se a bandeira é mesmo da empresa. É importante solicitar a nota fiscal após cada abastecimento como prova em caso de um eventual processo judicial.