Epa, Elon Musk! Consultoria coloca carros usados da Tesla entre os menos confiáveis

Fabricante norte-americana ocupa uma das últimas posições do ranking de confiabilidade de fabricantes.

Seja por conta do sucesso em inovar tecnologicamente ou pelas polêmicas do seu CEO, a Tesla é uma das montadoras de veículos mais famosas do planeta. Entretanto, nem todo esse sucesso colocou a marca em uma boa posição no ranking de fabricantes de carros da Consumer Reports.

No levantamento que avalia a confiabilidade de automóveis com 5 a 10 anos de uso, a empresa de Elon Musk aparece acima de apenas dois nomes: Dodge e Chrysler. No topo da tabela está a Lexus, divisão de luxo da Toyota, seguida pela própria Toyota e pela Mazda.

Já no ranking de confiabilidade de carros novos, a Tesla aparece na 14ª posição, com a Chrysler na última colocação e a Rivian em antepenúltima.

Por que a Tesla está entre as piores?

Foto: Shutterstock

Em parte, a presença da marca inferior da lista vem do fato de ela ser a única fabricante de carros totalmente elétricos participante do estudo. Mesmo com o crescimento nas vendas, esses modelos ainda despertam muita desconfiança no consumidor e enfrentam falhas por trazerem tecnologias mais recentes.

O levantamento da consultoria vai até o ano de 2014, quando a montadora era a única a produzir carros elétricos em massa nos Estados Unidos. O cenário só mudou no início da década de 2020, com a chegada de Rivian, Polestar e Lucid nesse mercado.

A época marca os anos iniciais do Model S, primeiro modelo fabricado em quantidade pela Tesla, que foi lançado dois anos antes. Já o Model X chegou às concessionárias em 2015.

“Os dados mostram que vários proprietários do Model S 2014-2015 relataram problemas com o motor elétrico, a bateria ou o hardware de infoentretenimento”, explica Steven Elek, analista sênior de dados automotivos da Consumer Reports.

É comum para as montadoras enfrentarem problemas com seus primeiros modelos e resolverem essas questões em versões posteriores. Esse é o caso da fabricante, que aprimorou seus projetos, como o Model 3 e o Model Y.

“É possível que esses problemas apareçam com o tempo, e ainda precisamos observar os novos modelos para identificar possíveis tendências”, acrescenta.

O levantamento foi elaborado com mais de 150 mil veículos e as pontuações gerais de confiabilidade obtidas pelos carros usados foram utilizadas para calcular a pontuação da marca. Avaliaram-se modelos produzidos entre 2014 e 2019, em 20 áreas de possíveis defeitos, tais como acabamento interno danificado, freios rangendo e falhas no motor.

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