Sem Renavam: mais de 50% dos donos de moto no Brasil não têm CNH

Dados da Senatran apontam que cerca de 17,5 milhões de proprietários de motocicletas não possuem habilitação.

A prática de dirigir sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) continua bastante comum no Brasil, mas ainda assim os números assustam. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), 53,8% do total de proprietários de veículos de duas rodas não são habilitados.

Em números, dos 34,2 milhões de donos de motocicletas, motonetas e ciclomotores registrados no país, 17,5 milhões não possuem o documento que autoriza a condução de um veículo dessa categoria.

Os dados são baseados no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).

As razões para a falta da carteira são variadas, como o baixo acesso de boa parte da população à habilitação e o aumento de negócios como aluguel de motocicletas ou motonetas, baseados no compartilhamento de veículos.

Público, categoria e outros dados da pesquisa

Foto: Shutterstock

Aproximadamente 80% das motocicletas, motonetas e ciclomotores emplacados no Brasil pertencem a indivíduos do sexo masculino, fazendo dos homens os principais consumidores da categoria. Grande parte desse público tem entre 40 e 49 anos, seguida pela faixa etária de 50 a 59 anos.

O levantamento também indica que cerca de 41% dos emplacamentos no país são de motocicletas, quase o dobro dos anos 2000, quando o segmento respondia por 23% das vendas.

“Esses veículos são mais acessíveis em termos de custo inicial e manutenção, além de oferecerem uma economia significativa de combustível, e na questão urbana, onde o trânsito é frequentemente congestionado, conseguem proporcionar maior agilidade e mobilidade, permitindo que os motociclistas cheguem mais rapidamente aos seus destinos”, informa o estudo.

Também chama atenção no relatório o aumento da frota circulante. Havia apenas 1.919 motos em circulação na década de 1950, mas até o final do século, o número já chegava a 1,470 milhão de unidades.

O ápice desse mercado veio em 2008, quando 2,2 milhões de modelos de duas rodas foram fabricados.

No acumulado do ano de 2024, a produção de motos chega a 700 mil unidades.

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