Produção de veículos no Brasil tem o melhor resultado desde 2019; mas e os preços?
Mais de 259 mil veículos foram produzidos para indústria nacional em agosto, segundo dados da Anfavea.
O setor automotivo comemora o melhor resultado mensal para a indústria brasileira desde 2019. Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), 259 mil veículos foram produzidos em agosto, o maior volume desde o início da pandemia.
O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, destacou o cenário de recuperação do segmento, que sofreu com a queda no ritmo de produção das montadoras brasileiras e das vendas nos últimos anos.
“Cumprimentar o setor, a Anfavea, pelos bons números. As vendas cresceram 14%, praticamente. E esse é um momento bom. Aumentou a confiança do consumidor. Aumentou a confiança do empresário”, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em coletiva de imprensa da Anfavea.
Aumento na produção de veículos sinaliza recuperação
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Conforme o balanço de agosto, as fábricas produziram 259.613 unidades de veículos no oitavo mês do ano, avanço de 5,2% na comparação com julho e aumento de 14,4% ante igual período de 2022.
No acumulado de janeiro a agosto, a produção totalizou 1,64 milhão de exemplares, alta de 6,6% em relação aos primeiros oito meses de 2023. O presidente da Anfavea afirma que o resultado reflete a reação positiva do mercado interno e o efeito de novos lançamentos no segundo semestre.
Assim como a produção, os emplacamentos também cresceram em agosto: foram 237,4 mil veículos vendidos, acréscimo de 14,3% na comparação com igual mês de 2022. Os números sinalizam que a indústria automotiva nacional está no caminho da recuperação dos impactos da pandemia.
Apesar das boas notícias, a Anfavea teme o aumento das importações, sobretudo de carros elétricos produzidos na China. A participação dos importados no mercado nacional caiu 1,7% em agosto, mas segue elevada, com 17,2% do volume total.
Uma das demandas dos fabricantes que atuam no Brasil é a antecipação do aumento na alíquota de importação de veículos elétricos e híbridos, que está prevista para chegar a 35% em julho de 2026.