Veículos elétricos chineses devem ser proibidos, propõe senador; entenda o caso

Político norte-americano faz apelo à Casa Branca por medidas ‘ousadas e agressivas’ contra os elétricos fabricados por chinesas.

O avanço dos veículos elétricos tem provocado muita comoção nos parlamentares mais nacionalistas dos Estados Unidos. Recentemente, um senador norte-americano do estado de Ohio pediu à Casa Branca que tome medidas protecionistas extremas contra os carros elétricos chineses.

Em uma carta direcionada ao presidente Joe Biden, o senador alerta que os automóveis chineses são fabricados por empresas controladas e subsidiadas pelo Partido Comunista Chinês, o que seria uma ameaça existencial à indústria automobilística norte-americana.

“Imploro-lhe que adote medidas ousadas e agressivas, proibindo permanentemente os EVs fabricados por empresas chinesas ou qualquer subsidiária que tente ocultar suas origens”, declarou o senador Sherrod Brown, democrata de Ohio.

Ainda segundo o parlamentar, o aumento nas tarifas avaliado pelo governo é insuficiente para impedir “um ataque orquestrado pelo governo contra todo um setor da nossa economia”.

Não podemos permitir que a China leve sua fraude apoiada pelo governo à indústria automobilística americana. Os EUA devem proibir agora os veículos elétricos chineses e impedir uma enxurrada de carros subsidiados pelo governo chinês que ameaçam os empregos no setor automobilístico no Ohio e a nossa segurança nacional e econômica”, disse no texto.

Biden ainda não comentou o pedido feito diretamente a ele. Seja qual for a resposta, as declarações de Brown ilustram a pressão dos opositores à presença das marcas chinesas no mercado mundial.

Tentativas do governo para barrar chineses

O volume de carros importados da China para os Estados Unidos é pequeno, uma vez que o país estabelece uma tarifa de 27,5% sobre esses veículos. O vice-ministro das Finanças do país asiático, Liao Min, chegou a expressar “grave preocupação” com as restrições impostas à nação.

Donald Trump, por exemplo, defende uma tarifa de 100% sobre os elétricos chineses e fala sobre um possível “banho de sangue” da indústria automotiva dos EUA. Já Biden afirma que as políticas chinesas “poderiam inundar nosso mercado com seus veículos, representando riscos para a nossa segurança nacional”.

Os defensores do protecionismo temem que a China ocupe um espaço importante dentro dos EUA. O resultado desse medo são declarações como as de Brown, que implora por novas medidas contra a importação de veículos chineses.

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