Brasil deve elevar etanol na gasolina para 35%; descubra como isso vai afetar seu bolso

Projeto de Lei que prevê aumento de etanol na gasolina para 35% é aprovado pela Câmara dos Deputados e aguarda sanção presidencial.

O Governo Federal está a um passo de alterar a composição da gasolina no Brasil. A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 508/2020, que propõe o aumento do percentual de etanol permitido na mistura da gasolina dos atuais 27,5% para até 35%.

Para que a mudança entre em vigor, falta apenas a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conhecida como “Combustível do Futuro”, a proposta foi aprovada de maneira definitiva no último dia 11 de setembro, após um ano de debates sobre o tema.

A medida busca promover uma matriz energética mais sustentável, incentivando o uso de biocombustíveis no país.

Combustíveis mais sustentáveis

A aprovação do projeto pelos deputados foi celebrada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que destacou a importância da decisão para uma transição energética sustentável.

“Estamos destravando investimentos em diversas áreas e colocando o país na liderança global para uma transição energética com respeito ao desenvolvimento econômico e ao meio-ambiente. Agora colocaremos em prática o que foi estipulado na construção desse programa, fruto de um enorme esforço do nosso ministério”, afirmou o chefe da pasta.

Aqueles que argumentam a favor do aumento do teor de etanol na gasolina brasileira consideram a medida estratégica para uma matriz energética mais limpa.

O PL também abrange programas nacionais relacionados ao diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de diretrizes para o Mover, PBEV e Proconve.

Após a sanção presidencial, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) avaliar a viabilidade do incremento do etanol na gasolina, com limites entre 22% a 35%.

A última revisão desses limites ocorreu em 2015, e uma nova análise está prevista entre 2025 e 2030.

Impactos para o consumidor

Para os consumidores, a mudança poderá acarretar aumento no preço da gasolina, especialmente em períodos de baixa produção de etanol. Além disso, como o poder calorífico do etanol é menor que o do combustível possível, o que pode levar ao maior consumo de combustível.

Proprietários de veículos flex não precisam se preocupar com adaptações mecânicas. No entanto, donos de carros exclusivamente a gasolina, especialmente veículos mais antigos, devem ficar atentos a possíveis desgastes internos dos motores.

Embora a medida busque incentivar uma matriz energética mais limpa, o impacto econômico no bolso do consumidor será um fator a ser observado. Se ocorrer, a sanção presidencial será um marco para o futuro dos combustíveis no Brasil.

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