Rodovia da morte: o risco silencioso da BR-101, estrada mais perigosa do Brasil

Santa Catarina, um dos destinos turísticos mais cobiçados do Brasil, esconde um perigo mortal em suas estradas. A BR-101, conhecida como a “Rodovia da Morte“, continua a ser uma preocupação pública, com elevados índices de acidentes e fatalidades. Este trecho da rodovia demanda atenção redobrada dos motoristas.

A BR-101 desempenha um papel crucial no sistema viário nacional, interligando doze estados ao longo de seus 4,6 mil quilômetros. Apesar de sua importância, o trecho que atravessa Santa Catarina, especialmente no sul, é notório pela alta incidência de acidentes.

Com um fluxo intenso de veículos, a via é um verdadeiro desafio para a segurança no trânsito.

Dados alarmantes de acidentes

Em 2023, a BR-101 registrou 8.536 acidentes, resultando em 487 mortes. O trecho catarinense, em particular, somou 4.113 acidentes, ferindo 4.350 pessoas e ceifando 116 vidas.

As estatísticas alarmantes reforçam a necessidade de soluções urgentes, visando reduzir os riscos aos quais os motoristas estão expostos diariamente.

No primeiro semestre de 2024, a tendência de aumento continuou, com 344 acidentes no trecho entre o km 204 e km 208, em São José. Esse número representa um crescimento de 20% comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo a Arteris Litoral Sul.

Outra rodovia perigosa em Santa Catarina é a BR-282, que registrou 1.190 acidentes em 2023. Com 82 mortes e 1.407 feridos, esta rodovia destaca-se como a segunda mais mortal do estado, exigindo atenção similar à da BR-101.

BR-101, em Santa Catarina (Foto: Reprodução)

Causas dos acidentes

Fatores como o elevado volume de tráfego, condições climáticas adversas e falta de infraestrutura adequada são apontados como principais motivos para a alta incidência de acidentes.

Segundo Carlos Penna Brescianini, especialista em mobilidade, esses elementos somam-se ao comportamento arriscado de motoristas que realizam ultrapassagens perigosas.

É imperativo que ações eficazes sejam implementadas para melhorar a segurança nas rodovias. Melhorias na infraestrutura, fiscalização rigorosa e campanhas educativas são passos essenciais para reduzir a tragédia nas estradas.

Sem tais medidas, a “Rodovia da Morte” continuará a fazer jus ao seu temido apelido.