Será que você tem? ESTES traços de personalidade fazem de você um motorista mais perigoso
Fatores de personalidade influenciam comportamentos de risco no trânsito, aumentando a probabilidade de acidentes.
Em um cenário onde o trânsito se torna cada vez mais desafiador, fatores psicológicos e de personalidade emergem como peças-chave para entender comportamentos potencialmente perigosos ao volante. Estudos recentes revelam que traços individuais podem predispor motoristas a se arriscarem mais ao guiar.
De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, 90% dos acidentes estão relacionados a características do condutor, especialmente à distração.
Além disso, fatores ambientais e sociais desempenham um papel importante na condução agressiva. Essa combinação pode ser mais crítica do que se imagina.
À BBC, Steven Love, especialista em psicologia cognitiva do trânsito, aponta que a agressividade ao volante é moldada pela interação de normas culturais, o ambiente de trânsito e a habilidade do motorista em lidar com frustrações. Ele argumenta que muitos desses comportamentos derivam de questões psicológicas intrínsecas.
Percepção inflada das habilidades de condução
A percepção exagerada das próprias habilidades de condução é uma armadilha comum. Na Finlândia e na Suécia, motoristas inexperientes e com dificuldades visuais acreditam dirigir melhor que a média, autoconfiança que pode resultar em direção imprudente.
Especialistas, como Sally Kyd, sugerem que essa percepção inflada leva motoristas a ignorar leis de trânsito, acreditando que estão acima delas. Além disso, conflitos entre diferentes estilos de direção agravam tensões nas vias.
Impacto da ‘motonormatividade’
O conceito de “motonormatividade” destaca como a cultura do automóvel influencia atitudes no trânsito. Em muitos lugares, o carro é visto como superior, o que pode estigmatizar pedestres e ciclistas.
Ian Walker, psicólogo ambiental, defende que essa percepção deve ser debatida na sociedade.
Medidas para reduzir riscos no trânsito
A segurança no trânsito exige esforços tanto de políticas públicas quanto de mudanças comportamentais. Também à BBC, Charlie Klauer sugere que melhorar a infraestrutura viária pode forçar os condutores a reduzir a velocidade, enquanto punições severas e fiscalização rigorosa são essenciais para coibir práticas perigosas. Ele sugere:
- Projetos viários que incentivem a redução da velocidade.
- Punições mais duras para infrações perigosas.
- Educação do público sobre perigos associados à direção imprudente.
A mudança cultural é fundamental, mas demorada. Até mesmo dispositivos de segurança, como cintos de segurança, enfrentaram resistência inicial. Entretanto, com 1,2 milhão de mortes anuais em acidentes de trânsito, a urgência por medidas eficazes nunca foi tão evidente.