Etanol ou gasolina: qual a melhor escolha para um motor flex?

Conheça as nuances dos motores flex e entenda como o etanol e a gasolina influenciam no desempenho e na durabilidade.

Bastante populares no Brasil, os carros flex aceitam tanto etanol quanto gasolina, uma versatilidade que levanta dúvidas sobre qual combustível preserva melhor o motor ao longo do tempo. Essa tecnologia permite que o motor funcione eficientemente com qualquer um dos combustíveis, mas ainda assim os questionamos existas.

Em entrevista à revista Quatro Rodas, a mecânica Luciana Félix explicou que integridade do motor não é comprometida pela escolha entre gasolina ou etanol, já que os motores flex são projetados para ambos.

O sistema de injeção e a Unidade de Comando Eletrônico (ECU) dos carros flex são programados para ajustar a quantidade e qualidade de combustível injetada, garantindo a mesma durabilidade para o motor independente do combustível escolhido.

Diferença no rendimento dos combustíveis

Foto: Shutterstock

Embora a durabilidade do motor não varie, o rendimento pode mudar. Fábio Ferreira, engenheiro da Bosch, esclarece que a potência resultante varia conforme a mistura entre gasolina e etanol.

Em um motor com taxa de compressão elevada, pode-se atingir até 111 cv com etanol puro, enquanto a gasolina pura oferece 106 cv.

Carros com programação de ECU mais avançada tendem a aproveitar melhor o etanol devido ao seu maior poder antidetonante. A taxa de compressão ideal para esse combustível é mais alta, favorecendo sua utilização em motores flex, que geralmente adotam taxas intermediárias.

  • Taxa de compressão ideal para etanol: 12,1.
  • Taxa de compressão ideal para gasolina: 9,1.
  • Taxa de compressão dos motores flex: entre 10,5 e 11,1.

Modelos como o antigo Honda HR-V 1.8, por exemplo, demonstravam comportamento diferente, sendo mais potentes com gasolina. Isso demonstra que a ECU de cada veículo pode ser ajustada de forma conservadora, igualando o desempenho com ambos os combustíveis.

Menor poder calorífico

Apesar de oferecer maior potência, o etanol tem menor poder calorífico que a gasolina. Isso significa que, ao optar por etanol, o consumo tende a ser maior.

No Brasil, a gasolina comercializada já contém etanol anidro, um fator contribui para a adaptação dos motores flex ao etanol, favorecendo o seu uso sem comprometer o desempenho.

De forma geral, a escolha entre etanol e gasolina em veículos flex não afeta a durabilidade do motor. O que muda são os aspectos de consumo e potência, que variam conforme a programação do motor e a mistura de combustíveis. Assim, motoristas têm flexibilidade para optar pelo que melhor atende suas necessidades.

*Com informações da Quatro Rodas.

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