Antes mesmo de Trump, EUA avançaram com restrições a carros chineses – qual a posição do novo presidente?

Medidas proibirão carros chineses nos EUA, com exceções, a partir de 2027.

Os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump desde esta segunda (20) , estão prestes a implementar restrições rigorosas à entrada de veículos chineses em seu mercado. O anúncio dessas proibições atraiu a atenção de fabricantes e fornecedores globais.

Com foco na proteção da segurança nacional, essas medidas impactarão não apenas os automóveis, mas também a tecnologia embarcada nesses veículos.

Previstas para iniciar em 2027, as restrições começarão com softwares em veículos conectados. Em 2029, o hardware também será atingido pelas novas diretrizes.

Essas restrições limitam importações e também proíbem testes de carros autônomos chineses em solo americano, uma medida que reflete preocupações crescentes com segurança cibernética e espionagem.

A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, enfatizou a necessidade dessas iniciativas ao mencionar o potencial risco de segurança representado por veículos chineses.

Regras e exceções às restrições

O governo americano já havia introduzido tarifas mais elevadas para veículos elétricos da China, além de considerar a proibição de drones chineses, demonstrando um padrão de endurecimento das regras comerciais.

Apesar das restrições abrangentes, algumas exceções foram feitas. Os veículos comerciais pesados, como os ônibus elétricos da marca BYD, continuarão a ser montados na Califórnia.

Além disso, softwares chineses que já estão em uso poderão ser mantidos, desde que não sejam geridos por empresas chinesas.

Montadoras americanas, como General Motors e Ford, ainda poderão importar carros chineses, mas terão que seguir diretrizes específicas. Empresas como a Polestar, ligada à Geely, enfrentam desafios para operar sob as novas regras e precisarão de autorizações especiais.

Impacto e reações

A eleição de Donald Trump, que assumiu a presidência em 20 de janeiro, pode influenciar novas alterações nessas restrições. Trump apoia a proibição, mas está aberto à produção local por fabricantes chineses nos EUA.

Contudo, gigantes automotivas como GM, Toyota, Volkswagen e Hyundai expressaram preocupações, pedindo mais tempo para se adequarem às novas exigências.

O cenário automotivo entre EUA e China permanece incerto, refletindo tensões comerciais e tecnológicas crescentes. As sanções a fornecedores chineses, como a CATL, por suposto apoio militar à China, acrescentam complexidade ao panorama.

As mudanças regulatórias indicam uma disputa contínua entre as duas maiores economias mundiais.

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