Bater a porta com força, manter o pé na embreagem e outros: o que realmente prejudica seu veículo?
Especialista em mecânica automotiva esclarece dúvidas comuns sobre práticas que podem afetar o funcionamento e a durabilidade dos veículos.
O universo automotivo é repleto de crenças populares, algumas verdadeiras, outras nem tanto. Para esclarecer dúvidas sobre a manutenção adequada de seus carros, muitos motoristas recorrem à internet.
No entanto, a consulta a profissionais capacitados é essencial para evitar diagnósticos errôneos.
Em reportagem ao ND Mais, Elisérgio Ferreira, proprietário de uma oficina e mecânico experiente, compartilha sua expertise sobre práticas comuns que, segundo ele, podem ou não impactar negativamente os veículos.
Entre as abordagens populares, a discussão sobre o hábito de bater as portas do carro com força destaca-se entre as mais controversas.
Impacto das práticas cotidianas nos veículos
A internet, embora útil, pode levar a informações imprecisas. Motoristas chegam à oficina com expectativas baseadas em pesquisas online, o que pode complicar o diagnóstico correto do veículo.
A verdade é que cada automóvel possui características únicas que devem ser consideradas individualmente na hora de responder a certas perguntas. A seguir, respondemos às principais questões dos motoristas.
Bater a porta com força
De acordo com Elisérgio, o sistema de fechamento das portas dos carros é projetado para suportar impactos.
Contudo, o uso frequente de força excessiva pode, ao longo do tempo, causar danos às peças, dependendo da intensidade aplicada.
Troca individual de amortecedores
A substituição dos amortecedores deve ser feita em pares, não individualmente. Se apenas um lado for trocado, o novo amortecedor suportará pressão extra, levando a um desgaste mais rápido.
Manter o pé na embreagem
Dirigir com o pé na embreagem é uma prática que pode acarretar desgastes significativos no disco e no colar de embreagem.
Elisérgio enfatiza que isso acontece devido à sobrecarga do sistema ao utilizar a embreagem desnecessariamente.
Abastecimento e combustível
- Abastecer até a boca: prejudica a válvula cânister, responsável por reter gases da evaporação do combustível.
- Dirigir com tanque na reserva: a bomba de combustível esquenta e precisa do líquido para resfriamento. Utilizar o carro frequentemente nessa condição pode danificar a bomba.
Revisões anuais
O manual do proprietário fornece diretrizes para revisões a cada 10 mil km ou entre seis meses e um ano. Esse prazo varia, mas a avaliação de um mecânico garante a identificação precoce de problemas, evitando gastos futuros.
Investir na manutenção preventiva com profissionais capacitados oferece economia a longo prazo, além de garantir a segurança e a eficiência do veículo. O entendimento correto das práticas adequadas é fundamental para preservar a integridade do carro.