O que determina se um carro é clássico ou não? Não basta ser antigo
Conheça as diferenças entre carros de coleção e clássicos, e como as novas tendências, como os veículos elétricos, podem influenciar esse mercado no futuro.
A definição do que constitui um carro de coleção ou clássico varia entre federações e especialistas. A Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA) classifica veículos com 30 anos ou mais como colecionáveis. Já a Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) adota os mesmos critérios.
Entretanto, no cenário dos Estados Unidos, as categorizações diferem. Veículos de 1919 a 1930 são considerados históricos, enquanto os anteriores a 1975 são vistos como antigos. A originalidade e a conservação são essenciais para obter tal status.
A confusão entre os termos “coleção” e “clássico” é comum. Enquanto veículos como o Corsa 1995 se qualificam como colecionáveis, sua classificação como clássico é discutida. Já para colecionadores, um carro clássico deve ter relevância histórica, além de um design marcante.
Quanto custa um carro clássico raro?
O valor de mercado de carros considerados clássicos pode ser influenciado por diversos fatores. Modelos esportivos do Corsa, que foram vendidos entre 1995 e 1996, têm preços mais elevados.
O mesmo ocorre com veículos que possuem placa preta ou são de único dono.
Chevrolet Corsa Wind custa, segundo a Tabela Fipe, R$ 9 mil. Porém, colecionadores estão pedindo R$ 30 mil pelo modelo (Foto: Divulgação/Chevrolet)
Outro ponto importante trazido pelos colecionadores explica que a atração por um veículo, seja por crianças ou adultos, também pode ser um indicativo de seu status clássico. Essa percepção pode mudar com o tempo, especialmente com o avanço dos veículos elétricos.
Carros elétricos serão clássicos no futuro?
A lealdade dos proprietários de veículos elétricos está na tecnologia, e não na marca ou modelo. Portanto, no futuro, a concepção de clássico pode mudar, refletindo essa tendência crescente.
Mas se, por um lado, temos os colecionadores pessimistas, existem aqueles que veem potencial nos carros elétricos como futuros clássicos. A escassez de habilidades para restaurar veículos antigos pode resultar em adaptações que incorporem tecnologias modernas.
Portanto, ao olhar para o futuro, não será surpresa se vermos clássicos como um Mustang 1966 equipado com motor elétrico, no melhor estilo híbrido que possa existir.
A evolução dos veículos clássicos está em curso, e o tempo dirá como essas tendências moldarão o mercado automotivo.