Vai subir? Governo atualiza preços médios dos combustíveis para a tributação de 2025

A partir de 1º de outubro de 2025, entram em vigor os novos valores de referência para os combustíveis no Brasil, divulgados pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

A atualização da tabela do PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final) será utilizada pelos Estados e pelo Distrito Federal como parâmetro para o cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), impactando diretamente os custos repassados aos motoristas.

Embora o PMPF não determine o preço final cobrado nas bombas, ele é essencial para definir a carga tributária sobre cada tipo de combustível, funcionando como um fator decisivo na composição dos valores pagos pelos consumidores.

O que é o PMPF e como ele afeta o preço dos combustíveis?

Foto: Shutterstock

O PMPF é um indicador que reflete o valor médio praticado nos postos de combustíveis em cada unidade da federação. Esse índice serve como base de cálculo para o ICMS, que corresponde a uma parcela significativa do preço final pago pelos motoristas.

Na prática, quanto maior o valor médio definido pelo Confaz, maior tende a ser a tributação, o que pode resultar em preços mais elevados nas bombas. Por outro lado, reduções nesse indicador ajudam a aliviar parte do custo do combustível para o consumidor final.

Combustíveis contemplados na nova tabela

A atualização traz valores médios para diferentes tipos de combustíveis, incluindo:

• AEHC (Álcool Etílico Hidratado Combustível/etanol) – único combustível que apresenta preços individualizados por estado;
• QAV (Querosene de Aviação);
• GNV (Gás Natural Veicular);
• GNI (Gás Natural Industrial);
• Óleo Combustível.

Estados com maiores e menores preços médios

Os novos valores revelam grandes variações entre as unidades da federação:

• Querosene de aviação (QAV): Tocantins tem o valor mais alto, a R$ 6,83/litro, enquanto o Rio de Janeiro registra o menor preço, R$ 2,44/litro.
• Etanol (AEHC): Amazonas lidera com R$ 5,44/litro, e Mato Grosso do Sul apresenta o menor valor, R$ 4,06/litro.
• Gás Natural Veicular (GNV): o Distrito Federal tem o preço mais caro, R$ 6,78/m³, e o Amazonas, o mais barato, R$ 2,95/m³.
• Gás Natural Industrial (GNI): apenas dois estados estão na lista: Amazonas (R$ 1,78/m³) e Mato Grosso (R$ 3,67/m³).

Impactos para consumidores e para o mercado

A atualização do PMPF reforça o peso dos impostos estaduais na composição do preço dos combustíveis e deve afetar tanto o setor de transporte quanto o orçamento das famílias brasileiras. Motoristas e empresas de logística, por exemplo, devem se preparar para oscilações nos custos operacionais.

Embora não represente diretamente o preço final das bombas, o reajuste influencia a arrecadação estadual e pode contribuir para diferenças regionais significativas nos valores de combustíveis.

Com a divulgação da nova tabela, estados e consumidores já se organizam para lidar com os impactos que começam a valer a partir de outubro de 2025.

Veja a seguir a tabela na íntegra:

Foto: Divulgação/Confaz