Chinesas que se cuidem: Toyota está perto de lançar elétrico com bateria de estado sólido
Toyota investe em baterias de estado sólido para liderar o setor, buscando autonomia e segurança na eletrificação.
A corrida pelas baterias de estado sólido esquenta, e a Toyota entra com força para superar rivais chineses. Mirando lançamento entre 2027 e 2028, a promessa inclui avanços em autonomia, desempenho e durabilidade, reforçando a ambição da marca de liderar tecnologicamente o setor.
Com a aposta, a montadora diminui a dependência das tradicionais baterias de íon-lítio e fortalece a cadeia japonesa. Parcerias estratégicas com a Sumitomo Metal Mining Co. e a Idemitsu Kosan dão suporte ao plano.
A iniciativa busca reduzir a exposição a fornecedores da China e da Coreia do Sul, consolidando não apenas tecnologia, mas também segurança e autonomia industrial.
O plano integra um projeto nacional que direciona mais de US$ 7 bilhões para a pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologias automotivas no Japão. Esse montante inclui a fabricação de baterias nacionais, que acelera a transição tecnológica e amplia a capacidade produtiva da Toyota.
Como a bateria de estado sólido avança a eletrificação
O coração da inovação está no eletrólito sólido, que substitui o meio líquido e permite armazenar mais energia em menor volume. A tecnologia promete recarga mais rápida, maior segurança e melhor gestão térmica. Assim, o carro elétrico ganha eficiência sem ampliar dimensões.
Ao trocar o eletrólito líquido por materiais sólidos — como sulfetos, polímeros ou óxidos —, as células reduzem riscos de superaquecimento e perdas energéticas. Contudo, o desafio envolve a produção em escala com custos competitivos, embora protótipos indiquem uma viabilidade crescente.
A Sumitomo Metal Mining Co. fornecerá insumos essenciais para as células de estado sólido da Toyota. Já a Idemitsu Kosan produzirá sulfeto de lítio, composto-chave para os eletrólitos sólidos.
Portanto, o ecossistema japonês se organiza para assegurar volume, qualidade e segurança do abastecimento.
Cenário competitivo global
A corrida não se limita à Toyota: BYD, Honda, Mercedes-Benz, Nissan e Volkswagen investem fortemente em estado sólido. Enquanto isso, a Stellantis iniciará testes no próximo ano. Já a Honda desenvolve uma bateria que promete revolucionar os carros elétricos, elevando a pressão competitiva.
Se cumprir o cronograma entre 2027 e 2028, a Toyota pode inaugurar um novo patamar de carros elétricos com maior autonomia e recarga veloz. Porém, a liderança dependerá de escalar a produção, estabilizar os custos e garantir um fornecimento consistente de materiais críticos.
No curto prazo, a competição acelera a inovação e aproxima a viabilização comercial das baterias de estado sólido. Assim, o setor automotivo enxerga uma possível virada de chave na eletrificação.