Por que as motos com marcha a ré são tão controversas?
Motos com marcha a ré são raras e, ao que tudo indica, pouco práticas. Descubra por que essa tecnologia não é comum nos modelos atuais.
A presença de marcha a ré em motocicletas é algo que desperta curiosidade, mas é raro de se encontrar. Embora existam alguns modelos que contam com essa função, essa tecnologia parece mais um capricho do que uma necessidade.
Um dos principais motivos para a ausência desse recurso na maioria das motocicletas é sua real utilidade. Por serem veículos leves e de fácil manobrabilidade, o uso dos pés para dar ré se mostra uma solução simples e eficaz.
Por que a marcha a ré é dispensável em motos?
Engenheiros, como Bismark do Vale, da Honda, defendem que uma moto com marcha a ré exigiria um sistema de engrenagens adicional.
Isso, além de ser desnecessário devido à leveza dos veículos, eleva significativamente os custos.

Foto: Gemini/News Motors
Os preços mais altos são um dos principais entraves. Desenvolver motocicletas com tal funcionalidade tornaria os modelos mais caros, afetando um mercado que busca manter acessibilidade, especialmente para trabalhadores.
Além disso, motos utilizam câmbios sequenciais, o que impede a escolha de marchas aleatoriamente. Incluir a ré demandaria um sistema mais complexo, espaço e peso adicionais, além de custos extras na produção.
Exemplos de motos com marcha à ré
Apesar de não ser uma função interessante para muitas montadoras, existem aquelas que decidem inovar e incluir a marcha a ré em motocicletas. Dentre os modelos com esse mecanismo, podem ser citadas:
- Honda Gold Wing: Modelo de turismo com ré elétrica.
- BMW K 1600 GTL: Outro exemplo voltado para longas viagens.
- Yamaha Star Venture: Saiu de produção em 2013.
- Can-Am Spyder: Triciclo onde a ré traz alguma utilidade.

Honda Gold Wing (Foto: Divulgação/Honda)
Apesar de existirem motos como a Honda Gold Wing e a BMW K 1600 GTL, que oferecem essa tecnologia, elas são exceções. A Can-Am Spyder, por ser um triciclo, é uma das poucas que justificam a marcha ré para manobras específicas.
Enquanto a marcha a ré em motos pode parecer um atrativo, seu custo e complexidade superam os benefícios. Assim, o uso dos pés continua a ser a solução mais prática e econômica para manobrar essas máquinas.