Até quando um proprietário pode rodar sem a placa Mercosul?
Placa Mercosul unifica padrões e dificultam fraudes, mas substituição tem sido gradual.
O sistema de identificação veicular brasileiro entrou em uma nova fase com a adoção definitiva das placas Mercosul. A proposta, além de unificar padrões entre países vizinhos, reforça mecanismos de verificação e torna mais difícil a ação de fraudadores.
A modernização também melhora o cruzamento de dados entre órgãos de trânsito, facilitando investigações e outros tipos de ação.
Para veículos recém-saídos da fábrica, a exigência já vale há alguns anos, mas os usados seguem regras próprias. A troca costuma ser acionada em situações específicas, como mudança de estado ou transferência de propriedade. Nessas ocasiões, o proprietário precisa se adequar ao novo modelo.
Quem pretende atualizar documentos ou realizar alterações no cadastro encontra no Detran a fonte mais segura de orientação. Cada unidade estadual define prazos e etapas complementares, organizando o fluxo de migração para o padrão regional. Dessa forma, a transição ocorre de maneira gradual e controlada.
O que muda com a placa Mercosul
As mudanças entre o padrão antigo e as placas Mercosul podem ser resumidas em uma comparação direta. O modelo tradicional usava fundo cinza, combinação fixa de letras e números e exigia troca sempre que o veículo mudava de município.
Já o padrão Mercosul trouxe identidade visual unificada, QR Code e formato alfanumérico que aumenta a quantidade de combinações possíveis, além de permitir a manutenção da mesma placa mesmo em casos de transferência entre cidades.
Esse QR Code criptografado armazena dados de fabricação, número de série e informações rastreáveis, permitindo que as autoridades verifiquem a autenticidade em segundos.
O formato antigo também mantinha um lacre físico e diferenciava categorias pela cor da tarja superior. No novo sistema, essa distinção passou para a cor dos caracteres, enquanto o lacre foi abolido e substituído por mecanismos digitais de segurança, tornando o processo mais simples e resistente a fraudes.
Há ainda a padronização internacional, que complica a ação de quadrilhas que atuavam confeccionando placas clandestinas. Como cada peça segue um número de série nacional integrado ao banco de dados do Renavam, qualquer discrepância entre os registros e a placa física dá alerta imediato.
Somando esses fatores, o sistema Mercosul cria mais barreiras contra fraudes: rastreabilidade digital, impressão controlada, código verificável e estrutura visual mais rígida.
Quando trocar a placa
A exigência para veículos novos vigora desde 2020 e mantém o ritmo de substituição natural da frota. Os proprietários devem manter dados atualizados e seguir as orientações oficiais para a confecção do novo modelo.
Para veículos usados, não existe prazo nacional de substituição. Desse modo, cada condutor deve consultar o Detran de referência para obter informações complementares.
A obrigação surge apenas em momentos específicos, como transferência de propriedade ou mudança para outro estado, evitando trocas desnecessárias fora dessas hipóteses. A adesão progressiva organiza procedimentos e evita mudanças bruscas.
As expectativas para os próximos anos apontam evolução contínua nas práticas de segurança viária, conforme o sistema amadurece e chega a mais veículos. Desse modo, a tendência é de redução de fraudes e incidentes ligados à identificação.