Fiat Toro ganhará concorrente de peso com nova picape da Toyota
Montadora se prepara para rivalizar com Fiat Toro e Ford Maverick com nova picape média.
O jogo das picapes médias está prestes a ganhar um novo capítulo, e a Toyota quer entrar em cena com força suficiente para encarar a líder Fiat Toro. Informações da Best Car apontam que a marca trabalha em dois projetos paralelos.
O primeiro é um SUV robusto, e o segundo, um modelo com chassi em longarina; ambos são construídos com carroceria monobloco. A estratégia combina eletrificação e uma plataforma renovada, mirando eficiência e custo competitivo.
A pista mais clara desse movimento apareceu no Japan Mobility Show de 2023, onde os conceitos Toyota EPU e Land Cruiser se revelaram, indicando a direção que a montadora pretende seguir. Naquele momento, a marca exibiu um pacote totalmente elétrico, sinalizando que não teme reposicionar sua identidade tecnológica.
Os protótipos chamaram atenção não só pelo visual, mas também pela proposta de unir desempenho limpo e vocação utilitária.
Mesmo assim, a Toyota não parece disposta a se limitar a um único caminho. As versões de produção devem ter fôlego para dialogar com mercados variados, o que inclui a possibilidade de powertrains híbridos e ajustes estruturais específicos para o Brasil.
Se confirmados, os lançamentos podem redesenhar a disputa no segmento e oferecer uma alternativa inédita para quem busca força, modernidade e versatilidade na mesma receita.
Estratégia e portfólio
Segundo a Best Car, a Toyota combina desenho de monobloco com elementos de chassi em longarina para robustez e integração de baterias. Além disso, a engenharia considera módulos comuns entre SUV e picape para ganhar escala e reduzir custos.
Essa abordagem amplia a chance de versões voltadas ao trabalho e, ao mesmo tempo, ao uso familiar.
Os estudos apresentados eram 100% elétricos, com baterias de grande capacidade e tração integral. No entanto, a transição para a linha de produção pode priorizar um monobloco otimizado para sistemas híbridos.
Dessa forma, o novo modelo deve se basear no protótipo EPU e manter o Land Cruiser SE como vitrine de soluções elétricas.

Imagem: Divulgação/Toyota
Trem de força, dimensões e usabilidade
A picape em desenvolvimento tem a eletrificação como pilar, mas adota a configuração híbrida-flex na fase de lançamento. O conjunto combina um motor 2.5 ciclo Atkinson, de 182 cv, a um motor traseiro de 54 cv.
A potência total chega a 306 cv, e o uso de etanol desponta como uma possibilidade técnica.
A arquitetura pensada para eletrificação traz também ganhos de espaço e estabilidade. A distância entre eixos mede 3,35 metros, superando a Ford Maverick em mais de 27 cm. Com isso, a cabine tende a oferecer melhor aproveitamento para passageiros e baterias.
Na caçamba, o comprimento padrão é de 1,37 m, com soluções de aproveitamento de volume. O espaço pode se estender para 2,44 m quando os bancos são rebatidos e a divisória da cabine é removida. Essa variação busca conciliar o uso urbano e o transporte de cargas maiores, sem perder a versatilidade.
Produção no Brasil
O plano industrial passa pela fábrica de Sorocaba (SP), que recebe investimento de US$ 2,2 bilhões. Assim, a Toyota posiciona a nova picape para enfrentar Fiat Toro e Ford Maverick no segmento regional.
A decisão reforça a estratégia de produzir no país modelos com alto volume e atratividade tecnológica.
No cronograma, a chegada ao mercado brasileiro não ocorrerá antes de 2027. Enquanto isso, a marca mantém a vitrine dos conceitos e ajusta a proposta para competir em desempenho, eficiência e versatilidade sem abandonar a preparação para a eletrificação plena.