A batalha do volante: pesquisa aponta quem dirige melhor entre Geração Z e millennials

Estudo aponta a geração vista como a mais imprudente ao volante.

Soprou um vento incômodo no debate sobre direção segura: uma pesquisa da britânica Scrap Car colocou a Geração Z no centro das críticas. Em um recorte global com motoristas de 18 países, a maioria enxerga os condutores com menos de 25 anos como ousados além da conta.

Essa percepção reacende discussões sobre maturidade ao volante e confiança excessiva.

A desconfiança ultrapassa fronteiras e se repete com força em diferentes culturas. Na Austrália, nove em cada dez entrevistados classificam os jovens como os que mais se arriscam. Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia surgem logo depois com índices igualmente elevados.

Assim, forma-se um consenso desconfortável: a juventude é vista como o grupo mais propenso a atitudes perigosas na direção.

O estudo reacende um tema recorrente entre especialistas em trânsito: como equilibrar inovação, impulsividade e responsabilidade em uma geração que cresce hiperconectada.

Perigo no trânsito e recorte etário

O levantamento investigou como diferentes faixas etárias percebem o risco no trânsito e avaliaram estilos de condução. Enquanto isso, os participantes qualificaram os millennials como os melhores ao volante, citando o equilíbrio entre experiência, responsabilidade e agilidade.

Já a Geração Z aparece ligada à imprudência, com confiança acima do razoável em manobras e decisões.

Segundo os respondentes, os millennials reúnem vivências suficientes sem perder reflexos, o que favorece escolhas seguras em tráfego complexo. Portanto, o resultado sugere um ponto ótimo entre o aprendizado acumulado e a rapidez de resposta, raro nos extremos etários.

Como resultado, eles concentram expectativas positivas de desempenho seguro no trânsito urbano e rodoviário.

Extremos de idade

Quando o condutor tem 60 anos ou mais, aumenta a cautela, mas surgem receios sobre a agilidade e o tempo de reação em emergências. Assim, apenas 18% relataram se sentir confortáveis ao serem conduzidos por alguém com 80 anos ou mais.

Mapa das percepções

Embora o ceticismo em relação aos mais jovens se repita em todos os países avaliados, as intensidades diferem. Ainda assim, todas as regiões investigadas replicam uma tendência de alta desconfiança em relação aos mais jovens.

O recorte abaixo sintetiza a ordem dos mercados com maior concordância de que a Geração Z assume mais riscos.

  1. Austrália: 90% de concordância.
  2. Reino Unido.
  3. Estados Unidos.
  4. Nova Zelândia.

Para formuladores de políticas e educadores de trânsito, os sinais são claros. Incentivar a formação contínua de jovens e atualizar protocolos para motoristas mais velhos pode reduzir a exposição a falhas humanas. Além disso, campanhas direcionadas por faixa etária tendem a melhorar a percepção de risco.

você pode gostar também