Revenda? Saiba qual é a marca de carro que menos desvaloriza no Brasil

Pesquisa realizada pela Mobiauto aponta modelos que desvalorizaram apenas 6% nos últimos anos; Valor é bem abaixo da média do mercado.

Um dos critérios para escolher um modelo de carro zero km para chamar de seu é a desvalorização com o passar do tempo. Isso porque, optar por um automóvel que tenha baixa desvalorização ao longo dos anos é a garantia de uma boa revenda no futuro. Uma pesquisa da Mobiauto trouxe os modelos que sofreram menor desvalorização entre 2021 e 2023.

A marca campeã foi a Honda, uma vez que apresentou modelos que sofreram uma desvalorização de apenas 6,26%, ou seja, bem abaixo que a média do mercado.

Mobiauto

Para apresentar tais resultados, o portal Mobiauto se baseou em uma minuciosa pesquisa de desvalorização dos automóveis usados, usando o recorte de 2021 a 2023, uma vez que a pandemia trouxe uma distorção nesse mercado. Com valores na casa dos 6%, a Honda derrubou o mito de que carro ao sair da concessionária já desvaloriza uma média de 20%.

Apesar de mais caros, os modelos da Mitsubishi também ficaram abaixo dos 20%. No período da análise, por exemplo, os modelos tiveram desvalorização de 16.09%.

A pesquisa analisou mais de 90 cotações de carros de marcas japonesas, como, por exemplo, Honda, Mitsubishi, Toyota e Nissan. Já a Suzuki e Subaru ficaram de fora da análise, uma vez que não possuem grande volume de revenda.

Desvalorização

Nesse sentido, Sant Clair Castro Jr, CEO da Mobiauto, explica que, apesar da Toyota e Nissan estarem acima da média de desvalorização, continuam em uma posição que pode ser percebida como positiva.

“A média geral de depreciação nesse período foi em torno de 7,5%, o que coloca Honda, Toyota e Nissan em uma posição confortável. Chama a atenção a desvalorização mais acentuada da Mitsubishi, embora haja uma explicação bem razoável para isso: o ticket médio dos modelos anunciados por essa marca está acima de R$ 206 mil, enquanto Honda e Nissan têm médias de R$ 121 mil e a Toyota, R$ 150 mil. Modelos mais caros sempre tendem a desvalorizar um pouco mais, que foi o que ocorreu com a Mitsubishi”, explica.

Preços mais elevados e desvalorização

Outro ponto que é importante destacar é que, apesar da Toyota oferecer veículos com preços mais altos e que concorrem com alguns modelos da Mitsubishi, a fabricante da Hilux consegue se manter com um ticket médio mais baixo. Assim, ao observar essa lógica, é possível afirmar que a Honda e a Nissan desvalorizam menos, pois possuem ofertas de veículos mais acessíveis.

Ranking

Ao observar os dez veículos com melhor desempenho no ranking de menor desvalorização, a dominância fica por cota de unidades ano-modelo 2021, sendo quatro da Nissan e Honda e dois Toyota.

O Nissan Versa 1.6 16V V-Drive 2021, por exemplo, trouxe uma valorização entre novembro de 2022 e novembro de 2023, saindo de R$ 66.711,46 para R$ 68.218,33, ou seja, 2,26% mais caro.

Na sequência está o Nissan Kicks 1.6S (2021), com um custo de R$ 94.314,67, o que, na prática, representa um aumento de 0,66% no comparativo entre novembro de 2022 e 2023.

Veja o ranking completo

  1. Versa 1.6 16V – V- Drive (Flex)
  2. Kicks 1.6 S (Flex)
  3. Corolla 2.0 VVT-IE Fflex GLOI DIRECT SHIFT
  4. Versa 1.6 16V V-Drive Premium CVT (Flex)
  5. Fit 1.5 16V EXL CVT (Flex)
  6. HR-V Touring 1.5 TB 16V 5p Aut.
  7. Corolla GLI 2.0 Dynamic Force (Flex) aut.
  8. Civic EXL 2.0 i-VTEC CVT
  9. Versa 1.6 16V V-Drive Plus CVT (Flex)
  10. City LX 1.5 CVT (Flex)

Revenda

Para quem compra o carro pensando na revenda, Sant Clair de Castro Jr. entende que os dez carros presentes na lista não trazem grandes desvalorizações a ponto de encalharem na hora de vender. Para ele, o consumidor só deve se preocupar com modelos que superar uma desvalorização de 15%.

“Lembrando que a média de mercado foi de 7,5%, eu diria que requer mais atenção os modelos dessa lista de carros japoneses que ficaram acima dos 15%, alguns passaram dos 25%, aí sim é preocupante”, completou.

Por fim, o modelo que mais desvalorizou foi o Nissan Leaf (32% em apenas 12 meses).

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