Congresso quer iniciar produção de Gasolina sintética que não polui

O e-Fuel, também chamado de gasolina sintética, emerge como uma solução promissora para reduzir as emissões de CO2 nos automóveis.

Já ouviu falar de gasolina sintética? No Congresso Nacional brasileiro, ganha destaque o Projeto de Lei de Combustível do Futuro, com um investimento de R$ 250 bilhões no e-Fuel.

Este novo combustível ecológico surge como uma alternativa promissora à gasolina e ao diesel, prometendo não apenas eficiência, mas também a tão necessária neutralização do CO2.

O cerne do projeto contempla a produção de diesel ou gasolina sem depender do petróleo como matéria-prima. A proposta inovadora sugere a utilização de hidrogênio e dióxido de carbono, eliminando a necessidade de extrair combustíveis fósseis.

Este método de produção sustentável dispensa o cultivo extensivo de cana-de-açúcar, sendo adaptável tanto para uso isolado quanto em conjunto com combustíveis fósseis e motores convencionais.

Gasolina Sintética

A chave para a neutralidade de CO2 no processo de produção do e-Fuel reside na captação do dióxido de carbono presente na atmosfera. Esse CO2 é capturado por meio de fontes de energia renovável, como eólica, solar e hidroelétrica, alimentando eletrolisadores capazes de dividir moléculas de água em oxigênio e hidrogênio.

Este hidrogênio, quando combinado com o carbono filtrado do ar, resulta na produção de metanol sintético, um componente vital do e-Fuel.

Atualmente, a produção desse combustível verde está concentrada no Chile, onde a startup HIF e marcas renomadas, como Volkswagen, Audi, Porsche e Bosch, lideram o caminho.

A expectativa é de que a produção alcance 150 mil litros por ano, contribuindo para a remoção anual de mais de 25 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.

Chile

A Haru Oni, localizada na Patagônia chilena, é uma planta piloto operada pela Highly Innovative Fuels (HIF), marcando um avanço significativo na produção de e-fuels. Nessa região, conhecida por seus ventos constantes, a energia eólica desempenha um papel crucial, superando em muito as necessidades energéticas do Chile.

Com um potencial teórico de cerca de 5.000 terawatts-hora por ano, comparados ao consumo de aproximadamente 80 terawatts-hora, a planta destaca-se como um marco de eficiência.

A Siemens, responsável pelos elementos técnicos essenciais da Haru Oni, como o eletrolisador e a turbina eólica, estabelece uma parceria com a Porsche, que se torna o principal cliente para o e-fuel.

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